Sexta-feira, 17 de Outubro de 2025

Home Brasil Mais da metade da população brasileira evita usar celular na rua por medo de roubo

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Mais da metade dos brasileiros evita utilizar o seu celular enquanto caminha pela rua por medo de ser assaltada, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Datafolha. Segundo o levantamento, que realizou entrevistas com 1.743 pessoas, 60% da população prefere manter o aparelho guardado enquanto está fora de casa. Os dados variam quando acrescentados aspectos sociais e econômicos.

Conforme os números apresentados pela pesquisa, as mulheres têm mais receio de serem assaltadas em comparação aos homens. Enquanto 68% delas deixa de utilizar o celular quando estão fora de casa para não correrem o risco de serem abordadas, a proporção entre os homens é de 53%. Pessoas com 60 anos ou mais também costumam ser mais receosas (68%) que aquelas entre 16 e 24 anos (57%).

Quando considerado a presença de ensino superior, a taxa passa para 67%. Fatores econômicos, pela pesquisa, também interferem no sentimento de medo de ser assaltado: 63% das pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (R$ 3.036) evita usar o celular nas ruas, enquanto 53% dos que recebem de cinco a 10 salários mínimos (entre R$ 7.590 e R$ 15.180) adotam a mesma cautela.

Quanto aos territórios, os valores apresentados pelo Datafolha trazem que, nas capitais brasileiras, o índice sobe para 69%, enquanto nas cidades do interior a taxa é de 56%. Os números também variam entre aqueles que em municípios com mais de 500 mil habitantes (68%) ou com menos de 50 mil (50%).

O último dado apresentado diz respeito à quantidade de pessoas furtadas ou roubadas no último ano: 73% responderam “sim” à pergunta e 59% “não”. Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil teve 498.516 celulares furtados e 419.232 roubados no último ano. São Paulo, com 287.849 casos, foi o estado com mais registros de furto e roubo de aparelhos, sendo seguido por Rio de Janeiro, com 58.813, Minas Gerais, com 50.711, e Pará, com 50.157.

Vítimas relatam alto índice de subnotificação

Os entrevistados que declararam ter sido vítimas de crimes como roubos, fraude, estelionato, vazamento de dados pessoais na internet e ameaças apontaram também para um índice alto de subnotificação desses casos.

A proporção de vítimas que registram essas ocorrências na Polícia Civil passa de 50% apenas no caso dos roubos: seis em cada dez disseram ter feito Boletim de Ocorrência. Entre as vítimas de fraude bancária, apenas 39% registraram a ocorrência, mesmo que o valor médio do prejuízo tenha sido de R$ 3.448, mais do que dois salários mínimos.

Situações como clonagem de celular, fraude em investimentos, golpes envolvendo o Pix, invasão de perfis nas redes sociais, vazamento de dados e ameaças por telefone ou mensagem tiveram subnotificação de 70% dos casos ou mais. Com informações dos portais O Globo e Folha de São Paulo.

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