Sexta-feira, 03 de Maio de 2024

Home coronavírus Mais de 3 milhões de gaúchos estão em atraso na vacinação contra covid

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Até esta quarta-feira (9), mais de 3 milhões de habitantes do Rio Grande do Sul estavam em atraso na vacinação contra covid. A estatística é do Ministério da Saúde e motiva o governo gaúcho a reiterar a importância de se manter a imunização em dia: em dezembro e janeiro, 70% das hospitalizações e mortes por coronavírus atingiram pessoas com apenas uma ou nenhuma dose.

Somente em relação ao esquema completo, são 786 mil pessoas com a situação pendente, mesmo já aptas a buscar o procedimento. Já no que se refere aos 9 milhões de indivíduos que receberam só a primeira injeção, esse contingente é de 9% – caso tivessem a segunda dose, a população total do Estado com esquema completo passaria dos atuais 73% para 80% de cobertura.

Sobre o reforço vacinal, são mais de 2,5 milhões de atrasados, ou seja, com mais de quatro meses desde a segunda dose ou dose única. Isso representa que três de cada dez pessoas que completaram o esquema básico ainda não estenderam o braço para o procedimento-extra.

Outro 1,8 milhão de pessoas estão hoje aguardando dentro do prazo para fazer essa terceira dose. Caso todos que estão com reforço em atraso já tivessem feito essa dose, a porcentagem da população gaúcha com esse status quase que dobraria: dos atuais 27% para 49%.

Das 786 mil pessoas com a segunda dose em atraso, quase 42 mil têm 60 anos ou mais, que são aquelas com maior risco de desenvolver casos graves ou ir a óbito.

A grande maioria desse público fez a primeira dose no início da campanha, em 2021, ou seja, muitos estão por completar nesses próximos meses um ano de pendência. Dentre essas pessoas com segunda dose atrasada, cerca de 528 mil têm entre 18 e 59 anos e 215 mil têm de 12 a 17 aos.

Entre as mais de 2,5 milhões de pessoas com o reforço em atraso, 604 mil têm 60 anos ou mais. Os adultos dos 20 aos 59 anos somam mais de 1,8 milhão de pessoas, enquanto cerca de 55 mil são adolescentes de 18 e 19 anos. Essa dose de reforço ainda não foi aberta para os adolescentes de 12 a 17 anos e para as crianças de cinco a 11 anos.

Sem nenhuma dose

O Rio Grande do Sul tem, atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas que não fizeram nenhuma dose contra o coronavírus. Parte é a população abaixo dos 5 anos, para as quais ainda não há vacina disponível aprovada pelo Ministério da Saúde. São cerca de 680 mil crianças nesta idade, que representam 6% da população gaúcha.

Acima dos 5 anos, há 1,3 milhão de pessoas que também têm registro de nenhuma dose, entre elas o grupo que recém foi aberto: dos 5 aos 11 anos. Conforme a disponibilidade de doses nos municípios, nem todas as idades desta faixa já estão com a vacinação aberta.

Em janeiro, a imunização dessas crianças começou por aquelas com comorbidades, com a regressão das idades sendo ofertada de acordo com as doses recebidas.

São cerca de 965 mil crianças nessa faixa etária, das quais aproximadamente 120 mil já receberam a primeira dose. Esse é um número ainda parcial, informado diretamente pelos municípios à SES, visto que o sistema de dados do Ministério da Saúde ainda não apresenta o total de doses já aplicadas nesta idade.

Dentre os adolescentes de 12 aos 17 anos, que somam 863 mil pessoas no Estado, 86% já fizeram a primeira dose e mais da metade já completou o esquema de duas doses. Nesta população, ainda não está prevista a dose de reforço.

Já no que se refere aos adultos (acima dos 18 anos), 97% fez ao menos uma dose, 89% completou o esquema primário e 35% já está com o reforço.

Busca ativa pelos faltantes

Uma das alternativas da SES para resgatar quem está com alguma dose em atraso é o envio periódico das listagens nominais dessas pessoas aos municípios e Coordenadorias Regionais de Saúde. Dessa forma, as secretarias municipais podem adotar medidas de busca ativa a partir dos dados de telefone, endereço e local da vacinação da primeira dose que constem no sistema.

Também é reforçado com os gestores locais que verifiquem se não há nessas listas pessoas que já tenham recebido a dose e estão apenas com o registro no sistema pendente por falta de digitação ou outro problema.

(Marcello Campos)

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