Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024

Home coronavírus Mais de um terço das crianças gaúchas de 5 a 11 anos ainda não receberam a primeira dose contra covid

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Levantamento realizado pelo governo do Rio Grande do Sul apresentou um dado preocupante: 54% das crianças gaúchas de 5 a 11 anos estão desprotegidas contra covid, por ainda não terem completado o esquema primário de vacinação, obtido com duas doses de imunizante em versão pediátrica. A situação é agravada pelo fato de que 32,6% sequer receberam a primeira injeção.

São 523,3 mil guris e gurias aptos a receber a picada no braço mas que ainda não foram levados pela mãe, pai ou responsável até um posto para se submeter ao segundo procedimento. Já entre os que não chegaram a iniciar o processo o contingente é de aproximadamente 314 mil.

Os dados são do Centro de Vigilância da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e não abrangem a gurizada na faixa de 3 a 4 anos, recentemente incluída entre os públicos aptos à imunização contra o coronavírus.

Maiores de 18 anos

O estudo também levou em conta dados relacionados ao público adulto. Apenas 37% do público entre 18 e 29 anos e 49% das pessoas entre 30 e 39 anos receberam as três doses da vacina no Estado.

A falta de proteção deixa os grupos vulneráveis à ocorrência de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) por covid, segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri:

“São números que demonstram o status e a importância do esquema vacinal completo contra a Covid-19 em todas as faixas etárias. Os dados também demonstram o risco aumentado de hospitalizações e óbitos para aqueles que estão em atraso com as doses”.

Além disso, foram registrados 50,7 casos de SRAG a cada 100 mil habitantes entre 30 e 39 anos, e 36,7 casos entre pessoas de 18 a 29 anos apenas com o esquema vacinal completo, ou seja, com as três doses.

Com a segunda dose de reforço, a ocorrência cai para 15,6 casos a cada 100 mil habitantes entre 18 e 29 anos e, para 26,9 casos no grupo dos 30 aos 39. Ou seja, a chance de ter SRAG é 3,6 vezes maior no primeiro grupo e 4,1 maior no das pessoas com idades entre 18 e 29 anos.

Dos 105 óbitos de covid ocorridos desde janeiro entre gaúchos na faixa de 18 a 40 anos, 76 tiveram como vítimas indivíduos com algum tipo de comorbidade, como hipertensão arterial e insuficiência renal crônica. Já entre os contemplados com a segunda dose de reforço são 19 pessoas.

‘Sistema 3As”

Outro tema abordado é o Sistema 3As, que desde maio do ano passado substitui o distanciamento controlado como mecanismo de monitoramento e tomada de decisões no âmbito da pandemia.

Nesta semana, não foram emitidos avisos ou alertas em quaisquer regiões do mapa gaúcho. “A situação hospitalar no Rio Grande do Sul é de estabilidade no número de internados por covid, com expectativa de redução para as próximas semanas”, ressalta o Gabinete de Crise do Palácio Piratini.

Um dos indicativos que levam o governo do Estado a projetar essa diminuição de internações é o de que não se observa crescimento de casos em outros países. Grande parte está em um quadro estável ou com tendência de queda nas internações.

Mas a situação ainda é considerada delicada, em razão das taxas de ocupação na UTIs hospitalares (como se costuma verificar usualmente no inverno) e o risco da entrada das subvariantes, que podem gerar um aumento da demanda por leitos covid.

“Vacinar não só uma ação de autoproteção. É também um bem coletivo. Quem se vacina, reduz os riscos de internações e óbitos e protege todo mundo a sua volta”, ressalta a titular da pasta estadual da Saúde, Arita Bergmann.

(Marcello Campos)

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