Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025

Home Economia Manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano traz custo elevado ao setor produtivo, diz Fiergs

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O presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Claudio Bier, avaliou que a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de manter a taxa Selic em 15% ao ano, tomada na quarta-feira (5), impõe, mais uma vez, um custo elevado ao setor produtivo.

“A indústria gaúcha, em particular, tem enfrentado desafios sucessivos, cujos impactos são agravados pelas restrições ao crédito e à atividade”, afirmou Bier.

Ele lembrou que, segundo a pesquisa Sondagem Industrial da Fiergs, a taxa de juros elevada foi apontada como o terceiro principal entrave ao desempenho da indústria no terceiro trimestre deste ano.

“Avançar para uma trajetória sustentável de redução dos juros exige um compromisso efetivo do governo com a responsabilidade fiscal, que restabeleça a confiança dos agentes econômicos, criando um ambiente mais favorável ao investimento, à produção e ao emprego”, declarou o empresário.

De acordo com o presidente da Fiergs, a decisão do Copom reflete a “permanência no País de um ambiente de muita incerteza, marcado por pressões fiscais, inflação ainda acima da meta e riscos externos relevantes”.

Fecomércio-RS

O presidente da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul), Luiz Carlos Bohn, também comentou a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano.

“A manutenção da taxa de juros em 15% ao ano não surpreendeu. Apesar de uma inflação recente mais benigna do que o previsto e da queda nas expectativas de inflação, esta permanece fora da meta no horizonte relevante (segundo trimestre de 2027). Embora os sinais de desaceleração estejam amplamente disseminados entre os componentes cíclicos da economia, e o mercado de trabalho pareça, finalmente, testar um piso para a taxa de desemprego, o Banco Central tem adotado uma postura mais cautelosa, o que deverá manter a taxa de juros em um nível elevado por um período prolongado – apesar de se antecipar uma redução da Selic em 2026. Essa estratégia é também justificada pelo Banco Central face ao cenário externo, que continua marcado por elevada incerteza. Como temos reiterado, é urgente promover uma redução estrutural da taxa de juro no País, o que só será possível mediante uma mudança na dinâmica dos gastos públicos. Estes têm exercido pressão sobre a inflação, influenciando as taxas de juro de curto prazo, e contribuído para uma rápida – e insustentável – expansão da dívida pública, com efeitos negativos sobre os juros de longo prazo”, afirmou.

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