Sábado, 24 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 24 de maio de 2025
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é só reclamação com a falta de empenho do governo Lula na pauta ambiental. Mais do que isso, vê atuação combinada com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no que chama pelos corredores da repartição de “retrocessos na agenda ecológica”. Dentro da pasta, as críticas mais duras são contra Rui Costa (Casa Civil), que vê o atual modelo de licenciamento ambiental como ferramenta burocrática atrasada, que trava as obras do Novo PAC.
Lenga-lenga
Marina se queixa de que não tem suporte de Lula em questões caras ao ministério, como a exploração do petróleo na Margem Equatorial.
Com a barriga
Outra reclamação recorrente é sobre a tal autoridade climática, que Marina quer ter ingerência, mas Lula não tira do papel.
Vai ficando
Assessores de Marina garantem que deixar o posto ainda não está no horizonte da ministra, ao menos até a COP30, sediada em Belém (PA).
Mala e cuia
Após a COP30 e com o período de desincompatibilização para eleição, Marina não deve continuar no cargo por muito mais tempo.
CPMI do INSS empurrada para depois do recesso
A criação da CPI mista para investigar o roubo bilionário a milhões de aposentados do INSS foi empurrada para o segundo semestre no Congresso. Sem pressa, como o governo Lula (PT) quer, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, diz que a proposta será “lida” em 17 de junho, em sessão conjunta de Câmara e Senado antes do recesso. A partir de então, estarão abertas as indicações de representantes de partidos e blocos das duas Casas, que não tem prazo para acabar.
2026 e olhe lá
Com a CPI iniciando apenas em agosto, na melhor das hipóteses a conclusão da investigação ficará para dezembro.
Depende de vontade
A distribuição de cargos na CPMI é feita por acordo entre deputados e senadores, além dos blocos e partidos de cada Casa. Não há regra.
Aparelhamento
Principal suspeito, o governo Lula quer elaborar o relatório final da CPMI. Pela tradição, a relatoria caberia ao PL, autor do pedido.
Confiança arruinada
Sem nada entender de economia, como já confessou, Fernando Haddad ignora a advertência do megainvestidor Warren Buffet: “levamos anos para construir confiança e segundos para arruiná-la”. É o caso.
Esforço seletivo
Líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE) diz que haverá votações no plenário da Casa “de segunda a quinta” esta semana. Mas sessão presencial, como sempre, apenas terça e quarta.
Mapa da impunidade
No PSD do Senado, lulistas como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (MG) são considerados para a presidência da CPMI do INSS. Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Marcelo Castro (PI) também querem.
Mandou bem
O banco BTG contratou um dos quadros mais qualificados de Brasília, Bruno Bianco, como sênior manager relationship. Bianco foi ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU) no governo Jair Bolsonaro.
Pré-pária
A lei Magnitsky, na qual ministros do STF poderiam ser enquadrados pelo governo americano, prevê congelamento de bens no país, proibição de participar no sistema financeiro, incluindo cartões de crédito (até no Brasil) e proibição de entrada nos EUA, claro.
Mãos e pés
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse esta semana, no Planalto, que está “de mãos dadas com a Câmara dos Deputados”, onde a anistia ainda não tem perspectiva de ser votada.
Nem no PT
Apenas 12 senadores nunca votaram contra o governo Lula (PT), desde a posse, em 2023, nas votações com orientação, segundo o Placar do Congresso. E apenas sete deles são do PT (que tem nove senadores).
Peso de ouro
A Casa Civil vai ter que explicar à Câmara estranhíssima compra de galões de água para a COP30. O problema da compra é o preço, registrado com valor 600% acima do praticado pelo mercado.
Pensando bem…
…e o julgamento em si ainda nem começou.
PODER SEM PUDOR
Despesa cabeluda
No final de 1996, o deputado Álvaro Valle (RJ), presidente do PL, foi procurado pelo presidente da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães, com o processo em que o deputado Wellington Fagundes (PL-MT) pedia ressarcimento de despesas com operação de hemorroidas nos EUA, no valor de US$ 40 mil. “Ele se operou? Eu não sabia…”, espantou-se Valle. Sujeito sério, Álvaro Valle foi investigar. Descobriu que Fagundes fizera implante de cabelos, mas como a Câmara não restitui dinheiro gasto com esse tipo de tratamento, teria surgido a história das hemorroidas.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)
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