Sábado, 13 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de setembro de 2025
Há um homem em Indianápolis, nos Estados Unidos, chamado Mark Zuckerberg — mas, ao contrário do bilionário fundador da Meta, ele não pode ter uma conta no Facebook. Trata-se de um advogado que atua há 38 anos e que já teve seu perfil desativado cinco vezes pela rede social.
O motivo, segundo ele, é um erro persistente do sistema, que entende que o homônimo estaria se passando por outro Mark Zuckerberg, o criador da plataforma. Diante da situação, o advogado decidiu processar o executivo por negligência e quebra de contrato.
“Somos as únicas duas pessoas com esse nome que consigo encontrar”, afirmou o jurista em entrevista a uma emissora de televisão local no estado de Indiana. Ele diz que, apesar de ter seguido todos os procedimentos exigidos pela rede, sua conta é constantemente bloqueada.
O advogado destaca ainda que depende da plataforma para divulgar seu trabalho. “Todos os meus concorrentes anunciam no Facebook, então eu também tenho que fazer isso. Eu pago, eles recebem meu dinheiro, mas depois fecham minha conta”, reclamou.
Segundo ele, o prejuízo é considerável: foram gastos cerca de € 9.500 em anúncios, valor que, convertido, ultrapassa R$ 60 mil. A campanha foi cancelada imediatamente após o pagamento.
Em comunicado à imprensa, o Facebook afirmou: “Agradecemos a paciência do Sr. Zuckerberg neste assunto e estamos trabalhando para evitar que isso aconteça novamente no futuro”.
A questão do nome
A confusão, de acordo com o advogado, está no uso do nome verdadeiro. Em e-mails enviados pela plataforma e compartilhados com a imprensa local, a empresa informou que ele estaria violando as regras de identidade. Para comprovar o contrário, o jurista enviou documentos oficiais, cartões de crédito e fotografias. Ainda assim, as contas continuaram a ser suspensas.
A diferença está no segundo nome: o advogado se chama “Mark Steven Zuckerberg”, enquanto o fundador da Meta é “Mark Elliot Zuckerberg”. Apesar dessa distinção, os sistemas de verificação da plataforma não foram capazes de separar os perfis.
Identidade confundida
Para tentar esclarecer a situação, o advogado chegou a criar uma página dedicada a explicar os problemas enfrentados por carregar o mesmo nome do bilionário. Ali, narra episódios em que acabou sendo confundido com o criador do Facebook.
“Fui processado pelo estado de Washington por erro de identidade, porque pensaram que eu era o fundador do Facebook, acusado de colocar em risco um adulto que precisava de assistência”, contou.
Segundo ele, a confusão é frequente e causa transtornos além do ambiente digital. “Recebo mais de 100 solicitações de amizade por dia de pessoas que me confundem com o outro Mark Zuckerberg”, disse.
Agora, o advogado busca reparação judicial pelos prejuízos financeiros e pela dificuldade de manter uma presença profissional em uma das maiores plataformas de publicidade do mundo.