Quinta-feira, 17 de Julho de 2025

Home Política MDB aprova saída do deputado bolsonarista gaúcho Osmar Terra do partido

Compartilhe esta notícia:

A Executiva do MDB aprovou nessa quarta-feira (16) a saída do deputado federal gaúcho Osmar Terra do partido, abrindo caminho para o ex-ministro da Cidadania no governo Jair Bolsonaro se filiar ao PL, partido do ex-presidente. Ele havia pedido para deixar o partido, sem risco de perder o mandato.

Osmar Terra colecionou polêmicas durante o governo Bolsonaro, principalmente durante a pandemia de covid, quando defendeu a flexibilização do isolamento social e o uso da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

O deputado federal disse, por exemplo, que o coronavírus mataria no máximo 2.000 pessoas no Brasil — foram mais de 716 mil desde março de 2020, segundo dados do Ministério da Saúde. Além disso, afirmou que gripes sazonais matariam mais que a covid, o que não aconteceu.

“Medidas como suspensão de aulas e quarentena total são só de cunho político, não tem evidência científica”, tuitou durante a pandemia o deputado, que recebeu o apelido de “Osmar Terra Plana” por causa de suas declarações.

Ele também defendeu ser possível atingir imunidade de rebanho contra a covid sem vacinas. Em julho de 2020, deu entrevista à Jovem Pan na qual afirmou que a epidemia iria “acabar sem vacinas”.

Trajetória política

Osmar Terra ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1986, quando ainda era servidor concursado do INAMPS (atual INSS). Na época, participou da greve dos médicos residentes contra a direção do instituto.

Posteriormente, foi nomeado chefe da superintendência do órgão. Durante sua gestão, uniu-se a antigos aliados do Partido Comunista do Brasil e a setores mais à esquerda do MDB na luta pela reforma sanitária, que viria a culminar na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987.

Nas eleições municipais de 1988, tentou se eleger prefeito de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, mas não obteve sucesso. Conquistou o cargo posteriormente, exercendo a prefeitura entre 1993 e 1996. Em 1998, candidatou-se a deputado federal, tornando-se suplente e assumindo a vaga entre 28 de maio de 2001 e 2003.

Voltou à suplência após as eleições de 2002, mas reassumiu o mandato em janeiro de 2005. Em 2007, foi eleito titular, afastando-se em seguida para assumir a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

É conhecido por sua posição firme contra a legalização ou descriminalização das drogas.

Foi reeleito deputado federal em 2014 para a 55ª legislatura (2015–2019). Durante esse período, votou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e, em agosto de 2017, posicionou-se pelo arquivamento da denúncia de corrupção passiva contra o então presidente Michel Temer, de cujo governo foi ministro do Desenvolvimento Social.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, assumiu o Ministério da Cidadania, cargo que ocupou de 1º de janeiro de 2019 até 14 de fevereiro de 2020. (Com informações do jornal Folha de S.Paulo)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Alexandre de Moraes nega pedido da defesa e mantém prisão do general Braga Netto
A direita passou a sinalizar, em público e nos bastidores, a possibilidade de chegar pulverizada à eleição para a Presidência da República em 2026 e fracassar na tentativa de unificação
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada