Sábado, 24 de Maio de 2025

Home em foco Michelle Bolsonaro passa a ter peso decisivo nas escolhas do seu partido, o PL, para 2024

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Presença frequente nas reuniões do PL, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro passou a ter peso decisivo na batida de martelo sobre os candidatos que disputarão levaram o nome do PL nos municípios em 2024.

Durante o encontro, a mulher de Bolsonaro vem apontando quadros femininos que considera mais preparados para disputar as eleições do ano que vem. As reuniões costumam ter a presença de Jair Bolsonaro, do presidente do partido Valdemar Costa Neto, do líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes, e do general da reserva Walter Braga Netto, que se tornou funcionário do partido.

Presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro vem rodando os estados brasileiros para filiar mulheres ao partido, tendo em vista que Michelle pretende se candidatar a uma vaga no Senado em 2026.

Potencial eleitoral

A confiança no potencial da ex-­primei­ra-­dama fez dela uma espécie de curinga na estratégia eleitoral do PL. Em outubro, foi sondada como candidata a uma vaga no Senado pelo Paraná caso a cadeira fique vaga em razão da cassação do titular Sergio Moro pela Justiça — ele é alvo de uma ação na Justiça por irregularidades na sua campanha em 2022. Segundo o Paraná Pesquisas, no principal cenário, ela é a favorita para a disputa, com 35,7% das intenções de voto, à frente de políticos mais experientes, como o ex-­senador Alvaro Dias (Podemos) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Para disputar a vaga, ela teria que correr contra o tempo, porque a legislação exige que ela apresente domicílio eleitoral até seis meses antes da votação — o que seria em abril caso a disputa extemporânea ocorresse em outubro de 2024, junto com as eleições municipais. Ao fazê-lo, ela teria que comprovar que mora há pelo menos três meses no estado.

O PL também pretende sondar o potencial de Michelle como senadora em Rondônia e Santa Catarina — outros dois estados com possibilidade de eleição suplementar, já que há ocupantes do cargo ameaçados de cassação —, além de prefeita no Rio de Janeiro, depois da decisão do TSE, de tornar inelegível o general Walter Braga Netto, apontado como o principal candidato. No caso da capital fluminense, ninguém leva a muito a sério a possibilidade, mas um possível bom desempenho dela numa sondagem eleitoral serviria para incomodar Eduardo Paes, prefeito, candidato à reeleição e favoritíssimo no páreo.

Além do caminho a ser escolhido para Michelle, discute-se no PL se não seria o caso de esperar até 2026 para lançá-la como candidata. Ela é cogitada até como herdeira dos votos do próprio Bolsonaro numa corrida presidencial, o que não agrada ao ex-presidente. Segundo pessoas próximas, o mais provável é que ela tente o Senado pelo Distrito Federal, onde mora — com duas vagas em disputa na próxima eleição, é maior a chance de vitória. “Ela inegavelmente é uma pessoa que tem muito carisma e talento, mas eleição a gente vai ver no momento oportuno”, diz Rogério Marinho, líder da oposição no Senado.

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