Quarta-feira, 01 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de junho de 2022
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse nesta quarta-feira (8) a deputados que não houve atraso por parte das Forças Armadas nas buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo na Amazônia. Segundo ele, 150 militares participam do esforço para encontrá-los.
O profissional do jornal britânico “The Guardian” e o ex-servidor da Funai receberam ameaças de pessoas que atuam de forma ilegal no Vale do Javari. O titular foi convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira para tratar da compra de viagra pelas Forças Armadas, mas falou sobre o assunto ao ser questionado pela deputada Vivi Reis (PSOL-PA).
“Considerando as distâncias, o tamanho da Amazônia e a geografia da floresta e dos rios, pode parecer que houve retardo, mas não houve”, disse o ministro.
O general afirmou ainda que as autoridades trabalham de forma coordenada.
“Tão logo a notícia surgiu, eu tomei ciência, liguei imediatamente, passei mensagem no grupo de comando de forças e falei: ‘imediatamente, o que tiverem por perto, coloquem a disposição. Hoje já temos em torno de 150 militares, pessoal do exército, gente especializada em entrar no mato, no rio, no furo. Pessoal da marinha lá. helicópteros na área. e tudo está sendo feito, em coordenação com a PF, com as agências governamentais do meio ambiente.”
Ele disse ainda que dois helicópteros, um do Exército e outro da Marinha, além de equipe médica e um efetivo das Forças Armadas trabalham na procura pelos desaparecidos.
“O helicóptero da Polícia Federal deu um problema, por isso é bem provável que a gente tenha que reforçar em termos de aeronaves.”
O titular da pasta também foi indagado pela deputada do PSOL sobre a espera de 48 horas para que as Forças Armadas enviassem helicópteros.
“Nós estamos falando de Atalaia do Norte, estamos falando de um local onde não chega nem avião, não tem campo de pouso. O helicóptero mais perto do Exército sai de Manaus e ele já estava pronto na manhã de ontem para atuar na área. A Marinha, da mesma forma, estava lá no dia anterior”, disse o ministro.
Ao explicar os motivos da compra de mais 35 mil comprimidos de Viagra e de 9 próteses penianas, Oliveira disse que as aquisições seguiram “todos os princípios de eficiência da administração pública”.
“Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado”, disse o general.
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