Terça-feira, 28 de Outubro de 2025

Home Brasil Ministra da Saúde confirma compra emergencial de insulina de ação rápida para evitar desabastecimento

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou, em visita a Pernambuco nessa segunda-feira (15), que fez uma compra emergencial de insulinas de ação rápida, em canetas. A medida foi tomada para evitar a falta do produto no Sistema Único de Saúde (SUS).

A compra foi divulgada na manhã dessa segunda por meio de nota à imprensa no site do Ministério da Saúde. Em março, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o “alto risco” de desabastecimento deste tipo de insulina, essencial para o tratamento da diabetes, no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Nós vimos conversando com o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o relatório que aponta todas as dificuldades na área da insulina desde o início da nossa gestão, em janeiro. […] Foram feitos dois pregões e não houve o comparecimento de empresas. Já realizamos uma compra emergencial para que não haja esse desabastecimento”, afirmou a ministra.

A declaração foi feita durante visita à fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. O parque industrial, que está sendo construído desde 2010, deve tornar o Brasil autossuficiente no setor.

Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e do Complexo da Saúde do ministério, Carlos Gadelha, a aquisição de insulina foi feita de uma “empresa qualificada pela Organização Mundial da Saúde”.

“Estamos fazendo uma articulação muito grande com estados e municípios para que haja uma visão de distribuição nacional, ou seja, que ninguém fique com estoque enquanto, em outro [lugar], está faltando”, disse.

Gadelha afirmou ainda que o estoque da insulina está “plenamente abastecido” e os detalhes sobre a compra serão divulgados posteriormente.

A falta de insulina de ação rápida, em canetas, nos estoques do Ministério da Saúde tem sido percebida desde março, quando uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou um “alto risco” de desabastecimento do produto a partir de maio.

Dois dias depois, o governo federal informou aos estados que avaliava duas alternativas para reverter o problema: uma aquisição internacional ou a compra de insulina em frasco. A segunda opção não foi bem recebida por entidades que representam pacientes com diabetes.

Perguntado sobre qual foi o tipo da insulina adquirida de forma emergencial pelo ministério, o secretário Carlos Gadelha respondeu que “é só insulina de ação rápida”.

Dengue

A ministra da Saúde também falou sobre a vacina contra a dengue, aprovada em março pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o público de 6 a 40 anos.

De acordo com Nísia Trindade, após o registro pela Anvisa, a vacina está sendo analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

“São [usados para a decisão de compra] parâmetros de comparação entre tecnologias. Nem sempre a última tecnologia é a mais apropriada, mas todos nós ansiamos por uma vacina de dengue. Lembrando que o Butantan tem uma vacina em estudos clínicos. Esse tipo de análise é feito sempre com o foco na escala, na possibilidade de não só ter um medicamento registrado, mas que possa ser distribuído e acessível para toda a população”, informou.

Segundo o Ministério da Saúde, não há um prazo para a conclusão dessa análise.

Produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, a Qdenga (TAK-003) é o primeiro imunizante liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue. Desde que foi aprovada, ela pode ser comercializada e distribuída no Brasil.

Para especialistas, a aprovação da Qdenga representa uma nova fase no combate à infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

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