Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de dezembro de 2023
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta terça-feira (5) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre surpreendeu. Haddad também reiterou ao Banco Central que siga “fazendo seu trabalho”, em uma alusão ao processo de corte da Selic, taxa básica de juros da economia.
Haddad está na Alemanha, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Banco Central começou a reduzir a taxa básica em agosto deste ano. Até o momento foram três cortes consecutivos, para 12,25% ao ano, o menor patamar desde maio de 2022. O mercado estima nova redução neste mês, para 11,75% ao ano.
Ele reafirmou a estimativa, divulgada em novembro pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, de que a economia vai crescer 3% neste ano. E também projetou uma expansão de 2,5% para a economia em 2024, maior do que a projeção oficial da pasta, de 2,2%.
“Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele”, afirmou o ministro Fernando Haddad.
Também nesta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,1% no 3º trimestre deste ano. O resultado surpreendeu o mercado, que projetava uma retração de 0,2%.
Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do terceiro trimestre, o Brasil teve o quinto melhor desempenho. Para o órgão, o PIB deve mostrar novo crescimento no quatro trimestre deste ano.
“A indústria tende a se beneficiar com a redução nos custos do crédito, com os programas de estímulo ao investimento e de construção de moradias populares (como PAC e MCMV), e com os estímulos à atividade na China”, informou.
Segundo o Ministério da Fazenda, o crescimento do setor de serviços deve contribuir a recente expansão da renda, impulsionada pela geração líquida de postos de trabalhos e pelo aumento do rendimento real.
“O setor também deverá se beneficiar com a redução da inadimplência e comprometimento de renda das famílias que, junto com a melhoria recente das condições financeiras, tende a impulsionar as concessões de crédito e o ritmo de expansão do consumo nesse último trimestre”, acrescentou.
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