Sábado, 20 de Dezembro de 2025

Home Política Ministro da Previdência diz que o governo não sabia sobre envolvimento do secretário-executivo do ministério na fraude do INSS

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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tinha conhecimento prévio sobre o envolvimento do então secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, em um esquema de fraudes relacionadas a aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Adroaldo, que ocupava o cargo de número dois do ministério, foi preso na manhã da última quinta-feira (18), durante uma nova fase da Operação Sem Desconto.

Segundo Wolney, a exoneração do secretário-executivo ocorreu imediatamente após a deflagração da operação. O ministro disse que, até aquele momento, não havia qualquer indício concreto que apontasse para a participação de Adroaldo em irregularidades. “Nós não tínhamos qualquer informação real do envolvimento do Adroaldo com nenhum tipo de ato suspeito, ilícito”, afirmou Wolney, ao ser questionado sobre se o governo tinha ciência de uma eventual participação do servidor no esquema investigado.

Com a saída de Adroaldo Portal, a secretaria-executiva do Ministério da Previdência passou a ser ocupada por Felipe Cavalcanti, procurador federal de carreira e até então consultor jurídico da pasta. A nomeação foi anunciada pelo próprio Wolney Queiroz ainda na quinta, durante apresentação oficial do novo dirigente.

O ministro também afirmou que segue cumprindo a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para lidar com os desdobramentos do caso. Segundo ele, a prioridade é administrar a crise, proteger os beneficiários do sistema previdenciário e reforçar os mecanismos internos de controle. Wolney disse que recebeu do presidente a determinação de “conter a crise, cuidar dos aposentados e estabelecer a integridade e a governança no ministério”.

Em sua fala, o ministro destacou ainda que o governo mantém uma postura de colaboração com os órgãos de controle e investigação. “Seguimos nessa mesma toada de buscar os responsáveis. Esse governo não protege ninguém, tanto que há ampla liberdade da CGU e da PF”, declarou.

Wolney Queiroz afirmou não ter conhecimento de detalhes sobre a suposta participação de Adroaldo Portal no esquema de descontos associativos investigado pela Polícia Federal. Segundo ele, a única informação recebida antes da diligência foi repassada pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, de forma genérica, sem esclarecimentos sobre as suspeitas.

“A única informação que eu recebi foi do ministro Vinicius Carvalho, da CGU, me dando conhecimento que, naquele instante, estaria havendo uma fase da operação e que um dos alvos era o meu secretário-executivo e que estaria sendo pedido sua prisão domiciliar”, relatou Wolney.

Adroaldo Portal é jornalista de formação e natural do Rio Grande do Sul. Ao longo da carreira, atuou no gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA) e ocupou cargos no Congresso Nacional ligados a parlamentares do PDT. O senador Weverton Rocha também foi alvo de mandados de busca e apreensão durante a operação deflagrada na quinta, no âmbito das investigações conduzidas pela Polícia Federal. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

 

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