Quinta-feira, 04 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de setembro de 2025
O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi hostilizado na última segunda-feira (1º) dentro de um avião comercial, no momento em que aguardava o início do voo de São Luís, no Maranhão, para Brasília.
Aos berros, uma mulher chamou o ministro de lixo e disse que o avião estava contaminado, segundo relato colhido pela Folha de S.Paulo sobre o ocorrido. Um grupo de amigos da mulher teria apoiado o ataque verbal.
Segundo a equipe do magistrado, a passageira em questão gritava que “não respeita essa espécie de gente” e que o “avião estava contaminado”. “A mulher tentou avançar em direção ao local de assento do ministro, sendo contida pela intervenção de um segurança, que se colocou entre ambos”, pontuou.
A assessoria do também ex-ministro da Justiça também informou que a passageira ainda gritava frases como “o Dino está aqui”, apontando para o ministro, em uma tentativa de incitar uma espécie de rebelião a bordo, segundo eles.
A mulher cessou a hostilização após ser advertida. Segundo a PF, a passageira injuriou o ministro a bordo, mas os procedimentos foram tomados quando da aterrissagem do avião em Brasília.
Um agente da Polícia Federal lotado no aeroporto de São Luís foi acionado e entrou no avião, e informou à segurança do ministro que iria comunicar à superintendência de Brasília.
“Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial”, declarou a equipe do ministro.
O ataque verbal ocorreu na véspera do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do STF sobre a trama golpista de 2022.
Dino é um dos integrantes do colegiado, ao lado de Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
O julgamento pode condenar, pela primeira vez na história do País, um ex-presidente e generais por uma tentativa frustrada de golpe de Estado.
Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que lançou ataques contra as urnas eletrônicas, incitou as Forças Armadas à insurreição e planejou um golpe contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.
Indiciamento
Segundo a PF, a mulher, identificada como Maria Shirlei Piontkievicz, foi indiciada por injúria qualificada, que consiste na injúria em que o autor utiliza meios de comunicação para a divulgação, ou seja, ofender a dignidade ou o decoro de alguém em público ou por meios que facilitem a divulgação.
Ela também foi indiciada por incitação ao crime, ou seja, por estimular ou encorajar outras pessoas a cometerem um delito. A passageira é servidora do governo do Paraná. (Com informações da Folha de S.Paulo e da CNN Brasil)
No Ar: Show de Notícias