Sábado, 11 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 10 de outubro de 2025
O ministro do Turismo, Celso Sabino, voltou a ironizar nessa sexta-feira (10) o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, dizendo que já pode responder a ele, pelo fato de o colega de partido ter ultrapassado 1,5% das intenções de voto nas pesquisas.
“Ele agora pode me fazer uma pergunta que eu já respondo”, afirmou, durante participação em evento do grupo Esfera Brasil, em Belém.
Na última quarta (8), Sabino disse que só iria responder a Caiado quando ele ultrapassasse 1,5% nas pesquisas, repetindo uma frase de Lula na campanha presidencial de 1989. A fala ocorreu durante uma entrevista à imprensa na saída de uma reunião da Executiva Nacional do União Brasil, em Brasília, onde foi discutida a situação do ministro no partido. Na ocasião, foi aberto um processo de expulsão de Sabino por ele não ter seguido uma orientação partidária de entregar o cargo que ocupa no governo federal.
Caiado, que é pré-candidato à Presidência da República pelo União Brasil, foi um dos mais críticos à permanência de Sabino no cargo de ministro, cobrando sua saída do governo e afirmando que ele não representa mais os interesses do partido. Sabino, por sua vez, minimizou as críticas e afirmou que discorda da postura adotada por Caiado.
“O Caiado tem, como qualquer brasileiro, legitimidade para pleitear o cargo que quiser pleitear. Eu particularmente discordo ideologicamente do posicionamento que ele vem tomando”, afirmou o ministro do Turismo, sem entrar em maiores detalhes sobre as divergências entre os dois.
Sabino também reforçou que permanece no governo federal por apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Acho que todos os brasileiros estão vendo os avanços do governo federal, os avanços do presidente Lula, a quantidade de empregos, a maior massa salarial da história do Brasil, os brasileiros viajando como nunca, as obras de infraestrutura. Não tem como não reconhecer”, afirmou, elencando pontos que, segundo ele, justificam sua permanência na equipe ministerial.
Durante participação em um dos debates promovidos pelo evento Esfera Brasil, Sabino declarou que não pretende deixar o cargo neste momento. “Seria uma grande covardia abandonar o ministério neste momento. Homens públicos precisam ter coragem para assumir suas responsabilidades”, disse.
A situação interna no União Brasil segue tensa, com alas divididas sobre o apoio ao governo federal e os rumos do partido para as eleições presidenciais de 2026. (Com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo)