Sábado, 02 de Agosto de 2025

Home Política Ministro Gilmar Mendes afirma que Eduardo Bolsonaro comete “verdadeiro ato de lesa-pátria” após fugir do país

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O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira (1º) que “não é segredo para ninguém que os ataques à nossa soberania foram fomentados por radicais” e, sem citar o nome de Eduardo Bolsonaro, disse que “um deputado, na linha de frente do entreguismo, fugiu covardemente” para os Estados Unidos para fomentar ataques ao STF, em um “verdadeiro ato de lesa-pátria”.

Gilmar manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, também do STF. Moraes foi incluído nesta semana pelo governo de Donald Trump entre os sancionados na Lei Magnitsky, norma criada para impor sanções diplomáticas e financeiras contra pessoas e entidades que tenham violado direitos humanos ou que estejam ligadas a atos de corrupção.

A aplicação da norma a Moraes é controversa, uma vez que o ministro não é acusado de corrupção e suas decisões judiciais são referendadas pelo STF em um regime democrático.

“Não é segredo para ninguém que os ataques à nossa soberania foram estimulados por radicais inconformados com a derrota do seu grupo político nas últimas eleições presidenciais. Entre eles, um deputado federal que, na linha de frente do entreguismo, fugiu do país para covardemente difundir aleivosias contra o Supremo Tribunal Federal, num verdadeiro ato de lesa-pátria”, declarou.

O decano complementou:

“O alvo central contra quem as baterias têm se voltado é o eminente Ministro Alexandre de Moraes, que, como todos sabem, é o responsável pela apuração da tentativa de golpe de Estado”, disse Gilmar. O ministro afirmou que quanto mais provas surgem sobre a trama golpista, maiores são os ataques “daqueles que perderam as eleições” contra a Corte.

“À medida que testemunhas ouvidas em juízo confirmam fatos graves, como, por exemplo, a confissão de elaboração de plano para assassinar os juízes e autoridades, os ataques ao Supremo ganham mais intensidade, tudo fruto do desespero daqueles que se veem às voltas acusações graves e que ao serem confrontados com elementos de prova comprometedores e incontestáveis, apelam a cantileiras de perseguição política e de afronta ao devido processo legal”, disse Gilmar em seu discurso.

Gilmar chamou o 8 de Janeiro de “Dia da Infâmia” pelos atos antidemocráticos levados a cabo por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao final de sua fala, disse: “que ninguém duvide da imparcialidade e da legitimidade da atuação do STF, e que ninguém ouse desrespeitar a soberania do Brasil”. Para ele, a democracia e as instituições brasileiras “são fortes e resilientes” e “permanecerão inabaláveis em sua missão de servir à Constituição e ao povo brasileiro”.

(Com informações do jornal O Globo)

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