Domingo, 07 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 6 de setembro de 2025
Nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou oficialmente até a tarde desse sábado (6), presença na área reservada para autoridades no desfile de Sete de Setembro, em Brasília. O evento será realizado na Esplanada dos Ministérios, como ocorre todo ano, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros integrantes do governo federal.
No desfile do ano passado, seis dos onze ministros do tribunal participaram da cerimônia oficial do aniversário de 202 anos da Independência ao lado de Lula. Estiveram no local o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cristiano Zanin.
Barroso não vai ao desfile porque está em viagem para representar o tribunal em evento no exterior. Os demais ministros não confirmaram presença nas comemorações do Sete de Setembro, mas ainda podem fazer isso até este domingo (7).
Há previsão de manifestações em Brasília e em outras cidades organizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A principal bandeira dos protestos é a aprovação da anistia pelo Congresso Nacional e críticas ao STF pelo julgamento do ex-presidente e outros acusados de planejarem um golpe de Estado.
Também foram anunciadas manifestações nas ruas em defesa da punição de quem participou da trama golpista.
O julgamento começou no dia 2 e tem previsão para ser encerrado na sexta-feira (12). A tendência é de que os réus sejam condenados e punidos pela Primeira Turma do STF.
Pouco antes do início do julgamento, o STF reforçou a segurança do tribunal e dos arredores com foco também no Sete de Setembro. O esquema será mantido até o dia 29, quando Fachin tomará posse na presidência da Corte. Além de grades extras para proteger o Supremo, foram convocadas equipes de segurança de outros tribunais para atuarem no local
Pronunciamento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não será novamente “colônia de ninguém”. Em pronunciamento pelo Dia da Independência, Lula disse que o País não aceitará ordens de “quem quer que seja”.
“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, disse Lula.
O Brasil trava uma batalha comercial com os Estados Unidos desde que o presidente Donald Trump impôs tarifas de até 50% a produtos brasileiros. Ao anunciar as tarifas, Trump fez críticas ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o presidente dos EUA também mencionou a regulação das big techs.
Durante seu pronunciamento, em um recado à família Bolsonaro, Lula chamou de “traidores” políticos que estimulam ataques ao País.
“É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, afirmou. (Com informações do jornal O Globo e de O Estado de S. Paulo)