Segunda-feira, 20 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 31 de março de 2024
Pelo menos sete ministros de Estado usaram as redes sociais neste domingo (31) para fazer referência aos 60 anos do golpe militar de 1964, que instaurou no Brasil o regime militar que durou 21 anos.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, fez uma publicação com o título “Por que ditadura nunca mais?”. Como resposta para a pergunta, ele citou o desejo de um País “social e economicamente desenvolvido”, “soberano, que não se curve a interesses opostos aos do povo brasileiro”, “institucional e culturalmente democrático”, “em que a verdade e a justiça prevaleçam sobre a mentira e a violência”, “livre da tortura e do autoritarismo” e “sem milícias e grupos de extermínio”.
Almeida terminou a publicação citando uma frase do deputado Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988: “É preciso ter ódio e nojo da ditadura”.
A frase de Ulysses também foi lembrada em postagem do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Ele publicou a imagem de uma blusa branca com a inscrição estilizada “ódio e nojo à ditadura”.
“Ditadura Nunca Mais!! A esperança e a coragem derrotaram o ódio, a intolerância e o autoritarismo. Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias”, escreveu.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, também usou as redes sociais para prestar solidariedade às vítimas do regime de exceção. “Neste 31 de março de 2024, faço minha homenagem a todas as pessoas presas, torturadas ou que tiveram seus filhos desaparecidos e mortos na ditadura militar. Que o golpe instalado há exatos 60 anos nunca mais volte a acontecer e não seja jamais esquecido.”
Desejar que uma ditadura nunca volte a acontecer foi teor também de mensagem postada pelo ministro da Educação, Camilo Santana. “Lembramos e repudiamos a ditadura militar, para que ela nunca mais se repita. A mancha deixada por toda dor causada jamais se apagará. Viva a democracia, que tem para nós um valor inestimável”, escreveu.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, lembrou as pessoas que morreram durante a ditadura. “Minha homenagem a todos que perderam a vida e a liberdade em razão da ruptura da democracia no dia 31 de março de 1964, que levou o País a um período de trevas. Minha homenagem a Rubens Paiva, Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho, que lutaram pela democracia no Brasil”, declarou.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, pediu reflexões sobre um processo de reparação do Estado em relação ao que aconteceu contra povos indígenas durante a ditadura. “Sabemos que a luta sempre foi uma constante para os povos indígenas, mas há 60 anos o golpe dava início a um dos períodos mais duros do nosso País. A ditadura promoveu um genocídio dos nossos povos e também de nossa cultura. Milhares de indígenas foram assassinados e muitos mitos construídos entre militares para justificar um extermínio. Muitos discursos perversos que até hoje são utilizados para tentar refutar nosso direito constitucional ao território”, escreveu.
O ministro na Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, publicou uma fotografia da ex-presidente Dilma Rousseff, então presa política com 22 anos, durante um interrogatório em uma auditoria militar na década de 1970.
Com o título “Democracia sempre!!!”, Messias escreveu: “Minha homenagem nesta data é na pessoa de uma mulher que consagrou sua vida à defesa da Democracia, @dilmabr. Que a Luz da Democracia prevaleça, sempre. Essa é a causa que nos move”.
Dilma usou o perfil dela na rede social X para defender que “manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos, em 31 de março de 1964, é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023”.
Democracia
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, sem citar a ditadura, associou a Páscoa, comemorada neste domingo, à democracia.
“31 de março de 2024: um dia para celebrar a Páscoa, a ressurreição, os bons sentimentos de renovação e esperança, e também para lembrar do que nunca podemos esquecer: de como a democracia é valiosa e a nossa liberdade, nossos direitos e garantias fundamentais são a essência de uma vida verdadeiramente digna nesse País. Feliz Páscoa, democracia sempre!”, afirmou.
No Ar: Pampa Na Tarde