Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025

Home Cláudio Humberto Motta entrega cabeças bolsonaristas a Lula e STF

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A decisão de pautar a cassação de mandatos na Câmara foi associada espertamente pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Rep-PB), ao projeto da dosimetria. Políticos mais experientes destacam que Motta viu a oportunidade de prestar vassalagem a Lula e ao STF, entregando-lhes de bandeja as cabeças dos deputados bolsonaristas Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro (RJ) e Carla Zambelli (SP) por diferentes razões, mas sobretudo porque desafiam autoridades que tentam riscá-los do mapa.

Jogada esperta

Para acalmar a direita, Motta incluiu Gláuber Braga (Psol-RJ), que havia prometido proteger, acusado de expulsar cidadão da Câmara a pontapés.

Cabeças entregues

Motta pautou a “dosimetria”, mas avisou que não pode “garantir” que o mesmo aconteça no Senado. Aliás, ele torce para que isso não aconteça.

Chances mínimas

O dono da pauta do Senado é do seu presidente, Davi Alcolumbre, que anda louco para se reconciliar com Lula, e dono de muuuitos cargos.

Cenoura de burro

Além de entregar as cabeças que Lula e o STF queriam, Motta ainda enterra o projeto da anistia, usando a dosimetria como cenoura de burro.

Marcos Pereira vira assunto após reunião de Flávio

Foram dois os assuntos que renderam após reunião de Flávio Bolsonaro e caciques do PL e União Progressista, segunda (8). As propostas do senador para acalmar a direita, claro, e o que incendiou a pauta de líderes da Câmara e Senado: a ausência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira. A desculpa de “compromisso agendado” não foi digerida e foi até lembrada como a mesma usada por Hugo Motta para se ausentar do factoide de Lula sobre a isenção do Imposto de Renda.

Lá e cá

Pereira saiu visto como quem quer manter um pé em cada canoa. O partido tem lulistas e ocupa o Ministério de Portos e Aeroportos.

Silêncio orientado

Mesmo o silêncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), que tem boa relação com o clã Bolsonaro, caiu na conta de Pereira.

Brigar é ruim

Marcos Pereira é parlamentar por São Paulo, Estado que mais elegeu deputados do PL de Flávio Bolsonaro em 2022: foram 17.

Mais amor, por favor

Ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, ontem, Marco Aurélio Mello citou “vício de procedimentos” e “invasão da seara alheia” em decisões do STF, e pediu mais “amor à Constituição, inclusive no tribunal”.

Censura in natura

Sem controle da Câmara, Hugo Motta expulsou os jornalistas que registravam o motim de Glauber Braga (Psol-RJ), sequestrando a presidência da mesa. E mandou desligar as câmeras de TV da Câmara.

Ver para crer

Na governista CPI do Crime Organizado, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) citou viagens em jatinhos bancadas pelo crime para prever inédita prisão de ministro de tribunal superior: “parece que se avizinha”.

Celina na ponta

Pesquisa Real Time Big Data mostra Celina Leão (PP) com folgada liderança na capital federal. Os cenários, com a vice-governadora sempre na ponta, variam com a liderança entre 40% e 50%.

Esqueceram de mim

Foi preciso cravarem de balas a fachada da embaixada do Brasil em Benin, na tentativa de golpe (de verdade), domingo (7), no país africano, para o Itamaraty lembrar que a embaixadora Regina Bittencourt, coitada, chefia o posto há 5 anos. Rodízio a cada 3 anos só em postos chiques.

Banqueiros com inveja

Após virar o maior e mais valioso do País, o Nubank comprará um banco para manter “bank” no nome, que os bancões mandaram o governo Lula proibir. O Nu paga R$245 bilhões em impostos, comprar banco é troco.

Até o fim

Fora do União Brasil, Celso Sabino garante que não deixa o Ministério do Turismo, razão da expulsão. Pretende ficar no cargo, a que se agarra como carrapato, até o limite do prazo para desincompatibilização.

Empurrou

Sem risco de ser incomodado na governista CPI do Crime Organizado, Ricardo Lewandowski (Justiça) ainda empurrou responsabilizados para os Estados, que acusou de nada fazerem contra a criminalidade.

Pau bate em Chico?

O deputado que sequestrou a sessão na Câmara, ontem, será incluído ação do STF contra “ataque às instituições democráticas”?

PODER SEM PUDOR

Venerando salafrário

O saudoso presidente da OAB Reginaldo de Castro disse certa vez em Florianópolis, em uma Conferência de Advogados, que o Judiciário ainda se julga herdeiro da monarquia, usando tratamentos como “Excelso Pretório” (alto, sublime), “excelentíssimo”, “meritíssimo” etc. Sua frase lapidar arrancou aplausos: “⁠Às vezes o venerando acórdão é proferido por um salafrário e nós temos de chamar de ‘venerando acórdão’”.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)

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