Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home Brasil Mulher é estuprada por paciente dentro de hospital enquanto dormia ao lado do pai em Rondônia

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A Polícia Militar de Rondônia registrou um caso de estupro dentro do Hospital Santa Marcelina, na zona rural de Porto Velho,  capital do Estado, durante o fim de semana. O crime ocorreu enquanto a vítima dormia em um colchonete da ala masculina, ao lado do pai dela. O suspeito de estuprar a mulher era um paciente que estava internado no mesmo quarto.

A vítima relatou à PM que acordou com o suspeito em cima dela. Na ocasião, o homem estava com a calça abaixada e ela também estava sem parte das roupas. Assim que percebeu o que estava acontecendo, a mulher gritou por ajuda e o suspeito saiu correndo.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava deitada no chão do quarto, na ala masculina, acompanhando o pai que está internado na unidade.

O crime aconteceu na madrugada, mas o suspeito não foi preso de imediato porque não havia recebido alta médica a apenas foi transferido para outro quarto após atacar a mulher.

Somente depois do homem ser liberado pelo médico é que a polícia foi chamada novamente ao local e o encaminhou à Central de Flagrantes. Segundo informações da polícia, o suspeito é uma pessoa em situação de rua.

O Hospital Santa Marcelina disse que ela dormia em um colchonete. O hospital afirma também que, quando tomou conhecimento dos fatos, deu o apoio necessário à vítima e tomou as providências cabíveis.

Números

Apesar de o senso comum ainda enxergar o estupro como um crime que acontece em ruas e becos escuros, com mulheres adultas vítimas de um homem desconhecido, os dados mostram que a realidade é outra. Em 2020, no Brasil, 53% das vítimas de estupro eram meninas de até 13 anos, o equivalente a cerca de um caso a cada 15 minutos, e, em 85% das situações, o estuprador era conhecido.

Os dados são do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que analisou boletins de ocorrência de estupro e de estupro de vulnerável — quando a vítima é menor de 14 anos ou não pode oferecer resistência por algum motivo. O estudo é publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Ainda que a pesquisa apresente um número alarmante de 60 mil episódios de violência sexual, houve uma quebra no padrão de aumento anual dos registros, que vinha aparecendo desde a edição de 2015 da pesquisa. Em 2020, houve uma queda de 14% em relação a 2019.

Como explica Samira Bueno, diretora executiva do FBSP, a diminuição dos casos no ano passado se deu, sobretudo, pela queda brusca nos registros assim que a quarentena foi decretada, entre março e abril.

“Como é um tipo de registro que precisa ser feito pessoalmente e é necessário passar por um exame de corpo de delito, a queda pode ter acontecido porque as pessoas não estavam saindo de casa. Sabemos que os registros caíram, mas não dá para dizer que houve menos casos”, afirma.

Ela reforça que mesmo com uma aparente diminuição, os números seguem altos. A situação fica ainda mais crítica por se tratar de um momento que muitas crianças não estão indo para a escola ou convivendo com outras pessoas que pudessem ajudá-las caso identificassem uma situação de violência sexual.

“As crianças estão sendo estupradas dentro de casa, que deveria ser um lugar de proteção, mas é de violência.”

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