Quinta-feira, 09 de Outubro de 2025

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O toque é o ato de sentir através do tato. Ele é um dos cinco sentidos clássicos que, através de receptores nervosos na pele, levam informações ao cérebro sobre temperatura (calor ou frio) pressão (duro ou mole) vibração, textura, forma e até dor.

O toque faz parte do exame físico médico. Nenhuma máquina ou exame subsidiário poderá substitui-lo. É essencial no diagnóstico de inúmeras patologias.

No toque retal, o urologista avalia a presença de endurecimentos e nódulos na próstata. Avalia também o tamanho e a consistência. Este mesmo toque retal oferece ao proctologista dados sobre a região anal e reto. Avalia a presença de úlceras, fistulas ou tumores.

O toque vaginal consegue identificar patologias nos órgão genitais externos, mas também tem grande poder de avaliar o útero, os ovários e as trompas de falópio.

O toque ginecológico na gravidez avalia a dilatação do colo do útero e o apagamento, isto é, seu encurtamento e amolecimento pré-parto. Avalia a posição do bebe. O toque repetido estimula a liberação de ocitocina que é o hormônio que aumenta as contrações uterinas promovendo o início da concepção.

Desde 1990 existe a campanha internacional “outubro rosa”. É um movimento de conscientização das mulheres na prevenção do câncer de mama. A melhor maneira para identificar precocemente esta doença é através da palpação, do toque.

Rotineiramente este exame é realizado por médicos que tem habilitação e experiência. Entretanto, raras vezes na medicina, o paciente pode ter ações tão decisivas em beneficio próprio como no autoexame!

Nenhum médico conhece tanto o corpo de alguém como o próprio paciente. Ele deve ser estimulado a realizar periodicamente o toque nos seus próprios seios. Este método de examinar pode ser realizado na frente do espelho, no banho ou ao se deitar na cama antes de dormir. O diagnóstico precoce influencia drasticamente no tratamento e no resultado final de cura.

No Brasil, morrem aproximadamente 20 mil mulheres todos os anos devido ao câncer de mama. É obrigação nossa baixar estes números. Para isso, esta campanha de orientação é fundamental: salve o “Outubro Rosa”! Mulher, se toque!

Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor universitário

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