Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

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Em um bate-papo descontraído, mulheres se reuniram na manhã de hoje (8) em uma roda de conversa para debater o empreendedorismo na agricultura familiar. O evento aconteceu na Casa da Família Cotrijal e foi promovido pela cooperativa em parceria com a Emater.

A coordenadora de Desenvolvimento Cooperativista da Cotrijal, Patricia Mota Rosin, explicou que a ideia da troca de informações com duas mulheres inspiradoras que estão à frente de agroindústrias familiares teve como objetivo motivar outras produtoras a ir em busca de novos projetos. “Muitas de nós, com certeza, já pensamos em empreender de alguma forma, mas algumas vezes nos faltam motivação e exemplos. Por isso, buscamos trazer a histórias dessas mulheres, que tiveram um sonho e, apesar das dificuldades, foram atrás para realizá-lo”, explicou Patrícia.

A história de Vera Lucia Santos da Silva, 54 anos, produtora rural de Rincão do Segredo, em Almirante Tamandaré do Sul, começou a partir da necessidade de buscar renda extra para criar quatro filhos biológicos e dois adotivos. “Eu ganhava Bolsa-Família, mas o dinheiro não dava. Comecei a fazer um pão para um vizinho, uma cuca para outro. Minha filha também levava para comercializar esses produtos em seu local de trabalho, em Sarandi. Começava minha produção às 4h da manhã e ainda tinha que cuidar de filhos pequenos e da neta”.

Vera contou que as encomendas começaram a aumentar e, em dois anos, seus produtos foram incluídos em programas governamentais. “Tive que aprender a administrar o dinheiro para acertar as contas e não ficar com dívidas e, ainda, formalizar a agroindústria. Para isso, contei com a importante ajuda da Emater”, disse a produtora.

Ela expõe e comercializa seus produtos – pães, cucas, massas, doces e salgados -, pelo quarto ano consecutivo no Pavilhão da Agricultura Familiar. “Trabalhei muito, juntei o que podia para não recorrer a empréstimos, levei muitos ‘nãos’ ao longo do caminho, mas não desisti. Não é difícil, basta você acreditar e ter pessoas ao seu lado que não a façam desanimar ou desistir”.

A extensionista Teresinha Fusiger, da Emater, ressaltou que esta é uma das várias histórias que lhe dá orgulho. “Vimos a dificuldade da Vera e buscamos os caminhos para que ela tivesse todo o suporte necessário para formalizar sua agroindústria, gerar renda em sua propriedade e ter uma melhor qualidade de vida”.

Profissionalização foi fundamental

Para a produtora Solange Auler Bini, que há 13 anos tem sua agroindústria de queijos e embutidos, o caminho também foi de dificuldades. Começou, junto com o marido, vendendo leite produzido na terra arrendada de seus pais. No momento em que percebeu que essa comercialização não estava gerando a renda necessária para manter a família, decidiu vender frutas e verduras em uma feira local, em Não-Me-Toque, bem como pães, massas e embutidos suínos.

“Por um tempo abandonei o que realmente queria fazer, que era a produção de queijos, mas não deixei de me aperfeiçoar. Fiz vários cursos na Emater e, depois de muita dificuldade para legalizar a empresa e cerca de 10 anos vendendo apenas os embutidos de origem animal, hoje estamos trabalhando também com queijos diversos, que é o que mais gosto de fazer”.

Ela comercializa seus produtos há 12 anos na Expodireto Cotrijal. “É preciso ter um objetivo na vida, focar nele e persistir. Assim você chega em qualquer lugar”, finalizou.

A Roda de Conversa integrou a programação especial do Dia da Mulher na Expodireto Cotrijal 2022.

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