Sexta-feira, 24 de Outubro de 2025

Home em foco Na África, Lula diz que o Brasil tem uma “dívida histórica” com o continente

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou, neste sábado (17), na 37ª cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia. No pronunciamento, o petista criticou a extrema direita, disse que pretende ampliar parcerias com países africanos e afirmou que o Brasil tem uma “dívida histórica” com o continente em razão dos mais de 300 anos de escravidão no País.

A União Africana reúne 55 países da África e, em 2023, passou a integrar, de forma permanente, o G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo.

Em seu discurso, Lula cobrou uma reorganização da governança global para aumentar a representatividade de países da África e da América Latina. “Sem os países em desenvolvimento, não será possível a abertura de um novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução da desigualdade e preservação ambiental com ampliação das liberdades”, declarou o presidente da República.

“O Sul global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas e que atingem, sobretudo, os mais pobres. E, entre esses, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba”, acrescentou o petista.

Lula também propôs iniciativas conjuntas para a proteção das florestas tropicais, entre elas, uma rede de satélites para monitorar o desmatamento e a recuperação de áreas degradadas. Lula também reiterou o compromisso do Brasil em promover uma governança efetiva e multilateral em áreas como inteligência artificial, considerando os interesses do Sul global.

“Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso País e do nosso povo com esse continente irmão. A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge. Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo”, ressaltou o presidente.

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