Sexta-feira, 05 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 5 de setembro de 2025
Leandro Hassum falou sobre a cirurgia bariátrica que fez para superar a obesidade há alguns anos, a relação que tinha com seu pai, os impactos que o nascimento de sua filha causaram na sua vida e outros assuntos como o limite do humor em entrevista ao Fantástico do último domingo.
Entrevistado por um grupo de pessoas com autismo para um quadro do programa da Globo, ele foi perguntado sobre qual conselho daria para pessoas que se encontram num estado de obesidade semelhante ao que já enfrentou.
“Quero deixar bem claro que eu não faço apologia à cirurgia bariátrica. É uma das formas que você pode tratar a doença da obesidade. É uma coisa perigosa, mas é mais perigoso você viver na obesidade”, afirmou.
Hassum ainda comparou um obeso a uma “bomba-relógio”, citando um exemplo pessoal: “Perdi um irmão na pandemia para uma bactéria que entrou no corpo dele. Ele não cabia no tomógrafo, porque tinha 280 kg. Se você tiver condições de fazer a bariátrica, faça. Vá com medo, mas vá.”
Em outro momento, comentou a respeito da relação com seu pai, Carlos Alberto da Costa Moreira, que pertencia à máfia italiana. “Foi como se tivesse um corte na minha vida, de 21 anos, que vivi uma mentira. Meu pai foi preso em 14 de dezembro de 1994.”
“Estava na casa de uma namorada, meu irmão me ligou e falou: ‘Vem para cá que o papai foi preso’. Oi?! Meu pai trabalhava com importação, eu era um garoto de uma família muito bem-sucedida financeiramente. Eu fui de 100 a zero. No dia seguinte, tudo que a gente tinha, os imóveis, bloqueados, meu carro perdido. Passei a vender salgadinho na porta do teatro para me sustentar. Até hoje vou à terapia para tratar isso”, prosseguiu.
Leandro Hassum chegou a falar sobre os impactos positivos que o nascimento de sua filha, Pietra, causaram em sua vida ao longo das últimas décadas. Neste momento, chegou a se emocionar e chorou.
Questionado sobre a liberdade no humor, opinou: “O primeiro impulso é dizer que não tem que ter limite no humor. Para um humorista. Para um comediante.”
“O que acontece é que, hoje em dia, muitas pessoas que não são comediantes se intitularem comediantes para ir em cima de um palco e falar qualquer coisa. O bom profissional vai saber reajustar a sua piada para que ela seja inclusive, não uma piada que afaste”, encerrou Hassum.