Quarta-feira, 27 de Agosto de 2025

Home Mundo “Não sou um ditador”, diz Trump ao defender intervenção e pena de morte em Washington

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“Não sou um ditador”, afirmou nessa terça-feira (26) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sem ser questionado, ao comentar análises da imprensa sobre a intervenção federal em Washington, D.C.

Desde o dia 12 de agosto, forças militares estão na capital dos Estados Unidos para reforçar a segurança da cidade. Trump alega que o crime em Washington está “fora de controle” e fez críticas ao governo local, controlado pela oposição.

“O discurso é que eu sou um ditador, mas eu paro o crime. Então muita gente diz: ‘Se for esse o caso, eu prefiro um ditador’. Mas eu não sou um ditador. Eu só sei como parar o crime”, declarou nessa terça-feira.

Na segunda-feira (25), Trump já havia comentado sobre as acusações de autoritarismo: “E eles dizem… ‘Ele é um ditador. Ele é um ditador’”, afirmou. “Muitas pessoas estão dizendo: ‘Talvez queiramos um ditador’. Eu não gosto de um ditador. Eu não sou um ditador.”

Durante uma reunião de gabinete nessa terça-feira, Trump exaltou o trabalho da Guarda Nacional no reforço da segurança da capital americana — iniciado há cerca de duas semanas — e os números apresentados por membros do governo.

Após o depoimento de uma correspondente da Casa Branca, que contou ter sido espancada e ficado sob a mira de uma arma em Washington há alguns anos, o presidente também afirmou que seu governo “começará a buscar a pena de morte em casos de homicídio” na capital.

A pena de morte no Distrito de Colúmbia, onde está a capital americana, foi abolida na década de 1980.

A prefeita da cidade, a democrata Muriel Bowser, tem feito duras críticas ao republicano desde que a intervenção foi anunciada.

Intervenção federal

Na sexta-feira (22), Donald Trump falou que Chicago, Nova York e São Francisco também podem sofrer intervenção federal.

“Chicago, provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Então ajudaremos com Nova York”, disse Trump à imprensa após um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca. “Podemos fazer uma limpa em São Francisco também”.

O presidente republicano não informou quando as novas intervenções ocorrerão e também não forneceu números sobre a violência nas cidades citadas. Todas as três, além de Washington, são governadas por prefeitos do Partido Democrata.

Trump disse, no entanto, que Chicago está uma “bagunça” e chamou o prefeito de “extremamente incompetente”.

As tropas federais dos Estados Unidos chegaram a Washington no dia 12, um dia após Trump anunciar uma intervenção federal na segurança da cidade.

O argumento de Trump na ocasião foi o de que “o crime está fora de controle” na capital norte-americana. Ele afirmou que a taxa de homicídios em Washington D.C. é maior do que em alguns dos piores lugares do mundo, e citou diversas capitais de outros países, inclusive Brasília.

“Washington D.C. deveria ser um dos lugares mais seguros e bonitos do mundo, mas há alguns anos não é mais. A esquerda radical saiu do controle, porque os democratas não querem segurança”, afirmou o norte-americano na ocasião.

Apesar de Washington D.C. ter problemas de violência armada e criminalidade, o crime em geral está em queda na capital e atingiu em 2024 o menor nível dos últimos 30 anos, segundo dados de segurança pública dos EUA.

Já o crime violento, que Trump citou diversas vezes, caiu 26% entre 2023 e 2024, segundo o Departamento de Polícia local.

Ainda assim, cerca de 2.000 homens da Guarda Nacional foram designados à capital, segundo o Departamento de Defesa americano. Segundo o jornal americano “The New York Times”, a intervenção federal na cidade tem previsão para durar 30 dias, mas Trump já disse que a operação pode ser estendida.

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