Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025

Home Variedades Nasa identifica possíveis “precursores da vida” em lagos da lua Titã, de Saturno

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Cientistas da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) afirmaram que uma nova pesquisa sobre Titã, a maior lua de Saturno, revelou a possível existência de “precursores da vida” em seus grandes lagos. A descoberta abre um novo debate e traz linhas inovadoras de investigação sobre como os seres vivos podem ter se originado na Terra.

Titã, descoberta pela primeira vez pelo astrônomo Christiaan Huygens em março de 1655, é a segunda maior lua do Sistema Solar – atrás apenas de Ganimedes, satélite natural de Júpiter. É uma das sete luas que orbitam Saturno e tem cerca de 50% a mais de tamanho do que a Lua da Terra. Acredita-se que possua um “rico inventário orgânico” em sua superfície, composta principalmente de gelo e material rochoso. Agora, especialistas acreditam que a vida poderia, enfim, surgir nesse corpo celeste graças a um novo achado.

A história de uma busca

Algumas das mentes mais brilhantes da ciência se dedicaram a investigar como a vida surgiu na Terra, há quase quatro bilhões de anos. Durante décadas, cientistas tentaram recriar os eventos primordiais que deram origem aos seres vivos no planeta.

Para isso, os pesquisadores procuraram simular a composição química dos primeiros oceanos da Terra. O que encontraram foi a formação de vários aminoácidos simples. Esses “precursores da vida”, também chamados de protocélulas, são descritos como os “sistemas vivos mais primitivos que se pode imaginar”.

Agora, cientistas da Nasa descobriram que compartimentos semelhantes a células, chamados vesículas – essenciais na formação de protocélulas –, poderiam se formar nos numerosos lagos de Titã. Ao contrário da Terra, os lagos gelados da lua são repletos de hidrocarbonetos líquidos como etano e metano, em vez de água. Segundo os pesquisadores, essas vesículas podem surgir quando gotas de aerossol marinho são lançadas para cima pelas salpicaduras da chuva.

Com o tempo, essas vesículas se espalhariam pelos lagos e passariam a interagir e competir entre si, em um processo evolutivo que poderia levar ao surgimento de protocélulas primitivas, afirmam os cientistas. A Nasa informou que, se a teoria for comprovada, haverá um avanço significativo na compreensão das condições sob as quais a vida pode se formar na lua de Saturno. Além disso, isso também pode oferecer pistas valiosas sobre como a vida surgiu na Terra, segundo o portal Space.com.

“Estamos entusiasmados com essas novas ideias, porque elas podem abrir novas direções na pesquisa sobre Titã e mudar a forma como procuramos vida no satélite no futuro”, declarou Conor Nixon, do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa. A existência de qualquer vesícula em Titã “demonstraria um aumento em ordem e complexidade – condições essenciais para o surgimento da vida”, completou o especialista.

Titã é muito mais fria do que a Terra, com temperatura média superficial em torno de impressionantes -179 °C. A lua também apresenta uma atmosfera dourada, enevoada e quimicamente ativa, com um ciclo meteorológico complexo. No entanto, devido à diversidade de compostos orgânicos em sua atmosfera, os cientistas acreditam que, teoricamente, a vida poderia sobreviver por lá.

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