Sábado, 14 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de novembro de 2024
Nem sempre o candidato mais votado pela população nas eleições presidenciais dos Estados Unidos é quem ganha o pleito. O país adota o sistema de voto indireto, em que o Colégio Eleitoral é quem, de fato, escolhe o novo presidente.
Cada um dos 50 Estados e o Distrito de Columbia (onde fica a capital federal, Washington) têm um número de delegados no Colégio Eleitoral, que é relativo à quantidade de habitantes. Ou seja, quanto mais populoso um Estado, mais delegados possui. Ao todo, são 538 delegados e, para ser eleito, o candidato vencedor precisa conseguir o voto de pelo menos 270.
Isso não significa que o voto popular, vindo dos eleitores, não tenha importância. Os delegados tomarão suas decisões com base nos resultados da votação desta terça-feira (5). Alguns Estados fazem a votação antecipada por correio ou presencial, entre eles, a Geórgia. Em geral, o Colégio Eleitoral tende a refletir o resultado das urnas e elege o mesmo candidato votado pelo povo. No entanto, nem sempre isso acontece.
Na história recente, dois candidatos foram os mais votados pelo povo, mas acabaram derrotados no Colégio Eleitoral: Al Gore, em 2000, e Hillary Clinton, em 2016.
Além disso, tem vantagem o candidato que vencer nos Estados que possuem o maior número de delegados, uma vez que o mais votado em um Estado leva todos os delegados da área, mesmo que ganhe por apenas um voto.
Em vigor há mais de 200 anos, o objetivo desse modelo é equilibrar a votação entre os 50 Estados norte-americanos.
Por que nem sempre quem “ganha” leva?
No sistema do Colégio Eleitoral, o candidato que for o mais votado pela população de um Estado leva todos os delegados daquele local. Isso vale mesmo que ele vença por apenas um voto de diferença.
Desta forma, pode acontecer que um candidato tenha a maioria dos votos populares a partir do ponto de vista nacional. Mas, na soma dos votos do Colégio Eleitoral, seja derrotado.
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