Home Cinema Nicole Kidman reforça apoio a diretoras mulheres: “Ia fazer acontecer”

Durante o Festival de Cannes, Nicole Kidman, 57, relembrou uma promessa que havia feito em 2017: trabalhar com uma cineasta mulher a cada 18 meses. Desde então, a atriz trabalhou com cerca de 27 diretoras.

Em entrevista para a Vulture, a atriz disse que, de alguma forma, faria aquela promessa se realizar: “Eu ia tornar isso possível. Tivemos uma discussão sobre a enorme disparidade e diziam ‘uma mulher poderia dirigir isso?’ ou ‘não queremos arriscar’. E eu tive que começar a dizer: ‘Bem, é assim que estou fazendo agora. Vamos correr o risco. Vamos orientá-las, apoiá-las, ajudá-las e, então, protegê-las’”.

A atriz afirmou que é necessário dar cada vez mais espaço e apoio para que mulheres possam fazer seu trabalho, e também fracassar sem serem julgadas. “Você precisa trabalhar rigorosamente com sua arte. Às vezes, ela será recebida com aplausos; às vezes, não serão bem recebidas. Mas isso não significa que você fracassou. Significa apenas que você está em processo de construção do seu trabalho. E precisamos apoiar o longo processo de trazer vozes femininas, especialmente diretoras e roteiristas”.

Apesar da disparidade entre homens e mulheres na indústria cinematográfica continuar alta, Kidman comemorou as pequenas mudanças. Em 2017, apenas 4% das mulheres dirigiram os principais filmes do ano nos EUA — hoje, esse número cresceu para 13%.

“Eu estou vendo isso mudar, e vejo isso mudando minha vida. A única maneira de fazer isso é mostrar nosso trabalho e dizer: ‘sim, eu estou aqui! Eu estarei em seu filme! Sei que temos pouco dinheiro, mas vamos fazer acontecer!’ […] Fiz isso com [a diretora] Karyn Kusama em “O Peso do Passado”, estávamos na sarjeta, com muito pouco, mas conseguimos!”, desabafou a atriz.

Nos últimos anos, Kidman atuou em várias produções comandadas por mulheres, como é o caso de “Holland” (Mimi Cave), “Babygirl” (Halina Reijn), “Expats” (Lulu Wang), “O Estranho Que Nós Amamos” (Sofia Coppola), entre outras.