Terça-feira, 07 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de outubro de 2025
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu nesta terça-feira (7), alcançar todos os objetivos da guerra em Gaza, começando pela libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas. A data marca o segundo aniversário do ataque realizado pelo grupo terrorista ao território israelense.
“Estamos em dias transcendentais, decisivos. Continuaremos agindo para alcançar todos os objetivos da guerra: o retorno de todos os sequestrados, a eliminação do governo do Hamas e a garantia de que Gaza nunca mais represente uma ameaça para Israel”, disse Netanyahu em um comunicado.
O Hamas ainda mantém 48 reféns no território da Faixa de Gaza, mas acredita-se que vários já estejam mortos. No momento, representantes de Israel e do Hamas negociam um acordo de paz no Egito, com a presença de mediadores de outros países como Estados Unidos e Catar.
O principal negociador do Hamas, Khalil Al Hayya, declarou nesta terça-feira, durante as conversações indiretas com Israel no Egito, que o grupo “quer garantias do presidente (Donald) Trump e dos países patrocinadores de que a guerra terminará de uma vez por todas”.
“Não confiamos na ocupação, nem por um segundo”, afirmou ao meio de comunicação egípcio Al-Qahera News, vinculado ao Estado, em referência a Israel.
“Ao longo da história, a ocupação israelense não cumpriu suas promessas, e experimentamos isso duas vezes nesta guerra. Portanto, queremos garantias reais”, acrescentou, acusando Israel de violar duas vezes o cessar-fogo no atual conflito.
A guerra na Faixa de Gaza completa dois anos com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, de acordo com as autoridades de saúde em Gaza.
Do lado israelense, são 1.665 mortos,1,2 mil apenas nas primeiras horas do ataque do Hamas a Israel, que marca a data. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas na ação, segundo a agência de notícias Reuters. O atentado de 7 de outubro foi considerado o mais sangrento da história de 75 anos do estado de Israel.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 1.857 palestinos foram mortos enquanto buscavam comida na Fundação Humanitária de Gaza, um esquema militarizado de distribuição de ajuda apoiado pelos Estados Unidos e Israel, que começou a operar em 27 de maio de 2025.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) uma a cada três pessoas em Gaza passa dias sem comer e há mais de 320 mil crianças pequenas que estão em risco de sofrer desnutrição aguda.