Sexta-feira, 30 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de maio de 2025
Cerca de 500 passageiros sofreram os impactos da Operação Padrão realizada pelos Auditores Fiscais da Receita Federal, realizada na noite desta terça-feira (26), no Aeroporto Internacional de Porto Alegre. A ação promovida pelo Sindifisco Nacional gerou atrasos de até três horas no processo de desembarque e fiscalização de bagagens em voos que chegaram de Portugal e da Argentina.
Essa foi a segunda operação padrão no terminal do aeroporto da capital em menos de 20 dias — a anterior ocorreu em 8 de maio — e integra a mobilização nacional da categoria, que reivindica a recomposição salarial e a revogação de medidas recentes do governo federal que reduziram a remuneração dos auditores.
Primeira proposta negada pela categoria
De acordo com o Sindifisco Nacional, pela primeira vez desde o começo da greve, há mais de seis meses, o Governo Federal iniciou uma rodada de negociação com a classe. A proposta de reposição de 7% oferecida pelo Ministério de Gestão e Inovação (pasta responsável pela negociação) foi recusada em Assembleia Nacional da categoria, realizada ontem, 26. Na oportunidade, 95% dos auditores se opuseram à oferta. Vale lembrar que as perdas inflacionárias da categoria acumulam mais de 40% desde 2016, enquanto a solicitação do órgão representativo é menos da metade.
Para o Auditor-Fiscal Diogo Loureiro, Diretor do Sindifisco Nacional, a oferta do Governo Federal está longe de atender a demanda da categoria. “Estamos há anos sofrendo os impactos da inflação e, mesmo assim, pleiteamos uma reposição razoável para chegarmos a um acordo que atenda ambas as partes. O resultado da assembleia de ontem mostra o quão insuficiente é a proposta do Ministério da Gestão e Inovação”, comenta.
Greve seguirá em todo o Brasil
Diante a recusa da proposta do Governo Federal, o Sindifisco Nacional afirma que a greve, que perdura por mais de meio ano, seguirá em curso em todo o território nacional, assim como as operações padrão em aeroportos, que ocorrem eventualmente. Segundo o diretor do órgão representativo, os profissionais têm ciência dos impactos das operações, mas garante que a medida é necessária diante da falta de diálogo e do retorno insuficiente do Governo Federal.
O Auditor-Fiscal Diogo Loureiro reforça que a operação padrão é sempre a última alternativa da categoria. O Diretor do Sindifisco Nacional complementa que a instituição conhece os impactos aos usuários e empresas aéreas e complementa. “Apesar de tudo isso, a operação padrão é uma das principais formas de darmos luz à nossa luta, fazendo com que governo possa olhar para a nossa demanda com a atenção devida”, finaliza.
No Ar: Pampa Na Madrugada