Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025

Home em foco Nova presidente do Peru corre o risco de não conseguir se manter no cargo

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A intenção de Dina Boluarte de seguir como presidente do Peru até 2026 parece cada vez mais difícil. Após assumir o lugar de Pedro Castillo, que tentou dar um golpe e foi destituído e preso nessa semana, formar um governo que dê a ela legitimidade e força para dialogar com o Congresso parece inviável, enquanto crescem os pedidos por novas eleições.

“Boluarte não tem partido e nem representantes no Congresso, é impopular e considerada uma traidora pelos seguidores de Castillo e não tem apoio em movimentos regionais”, diz o ex-ministro da Saúde Víctor Zamora. Para ele, a nova presidente “é refém do Congresso e pode, no máximo, formar um gabinete de transição”.

Enquanto Castillo divide a mesma prisão, em Lima, com o ex-presidente Alberto Fujimori, manifestantes saem às ruas em diferentes partes do país pedindo novas eleições. Alguns protestos pedem também o fechamento do Congresso em mais um sinal de que a crise está longe do fim.

Diante desse cenário, Boluarte deixou as portas abertas para novas eleições. “Se a sociedade e a situação assim determinarem, adiantamos as eleições em conversas com as forças democráticas do Congresso”, afirmou.

“Caiu Castillo, mas continuamos tendo o mesmo Congresso. Por isso, a maior possibilidade é a de vermos um governo interino. Construir a coalizão que precisa para ficar no poder até 2026 é algo muito complicado”, afirma o analista político Carlos Meléndez, integrante do grupo 50+1 de análises políticas peruano.

Novo Gabinete – Boluarte tenta costurar alianças com a direita e anunciou o novo gabinete. Enquanto isso, pede calma aos manifestantes após notícias de confrontos violentos. No interior do país, como em Cajamarca, berço político de Castillo, e Trujillo, Puno e Ayacucho, manifestantes bloqueiam estradas contra a prisão e destituição do ex-presidente.

Para Zamora, as vozes das ruas devem crescer e a presidente não terá muita opção. “Acredito que ela deva se apresentar como uma governante de transição e estabelecer 3 ou 4 objetivos, como garantir eleições limpas, reduzir o impacto da fome e melhorar a segurança.”

Movimento extremista

Um bando desorganizado, classificado como desvairado, inofensivo e inoportuno, o grupo Reichsbürger – ou Cidadãos do Reich – transita no campo da extrema direita alemã há décadas. Mas após as autoridades da Alemanha acusarem membros do movimento de conspirar para depor o governo e assassinar o chanceler, uma face absolutamente diferente do obscuro grupo se revelou na semana: de uma ameaça terrorista séria, antissemita, anti-imigração, carregada de teorias de conspiração a respeito do coronavírus e das vacinas anticovid.

Entre os 25 membros da célula presos esta semana estavam uma juíza, um médico, um cozinheiro, um piloto, um tenor de música erudita e três policiais. Pelo menos 15 indivíduos tinham ligação com forças militares, incluindo ex-soldados ou soldados na ativa e dois reservistas com acesso a armas. As prisões colocaram a Alemanha em alerta elevado e, após meses de vigilância, desencadearam uma das maiores operações antiterrorismo na história da Alemanha no pós-2.ª Guerra.

O grupo, que não reconhece a Alemanha moderna como Estado, viu seus quadros crescerem de 2 mil integrantes para mais de 21 mil desde que os primeiros lockdowns pandêmicos começaram, mostram estimativas do governo. O movimento “estabeleceu-se como a maior ameaça extremista da direita radical na Alemanha por meio da pandemia”, afirmou Miro Dittrich, pesquisador-sênior do CEMAS, instituto de análise de Berlim.

Desde a pandemia, o grupo se tornou o maior propagador de teorias da conspiração violentas e antissemitas na Alemanha, notavelmente aquelas atreladas ao movimento Qanon, nos EUA.

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