Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de agosto de 2025
O programa de ampliação do auxílio-gás será lançado na próxima semana. A expectativa é que o benefício contemple o triplo do número de famílias beneficiadas, passando de 5,6 milhões de lares para 15,5 milhões. O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Diferente do antigo Auxílio Gás, que depositava o valor diretamente na conta do beneficiário, o novo modelo vai liberar um crédito — exclusivo para compra de botijão — para as pessoas cadastradas no CadÚnico.
Outra mudança que é o valor liberado para o beneficiário vai considerar a média do preço do gás por unidade da federação. Atualmente, o dinheiro depositado é insuficiente para comprar o botijão em algumas regiões do país, pois o cálculo do valor segue como parâmetro a média dos custos nacionais.
“Tem diferença de R$ 60 a mais do que o valor médio. Em tese, você está falando de um valor médio no Brasil de R$ 105 a R$ 109. E tem botijão no Brasil vendido até R$ 170”, argumentou o ministro.
Além de estar inscrito no CadÚnico, as famílias vão precisar ter renda per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 759).
Cada família beneficiada recebe, no modelo atual, R$ 108 a cada dois meses. O valor corresponde a 100% do preço médio do botijão de gás de cozinha (GLP) de 13kg. Com a mudança, as famílias ganharão um vale crédito, explica o ministro
“Elas [as famílias] receberão uma espécie de vale crédito [a ser usado em distribuidoras cadastradas de revenda] para comprar o gás, bastando apresentar o CPF”, destacou o ministro.
Variação no preço
No modelo atual, o benefício é apenas um subsídio financeiro. O problema, segundo o ministro, é que esse valor fixo, que supostamente equivaleria à média do preço nacional, não é suficiente para comprar o botijão de gás em muitos casos.
Segundo Rui Costa, há localidades onde o preço cobrado pelo botijão de gás está R$ 60 acima do valor médio.
“Estamos falando de um valor médio, no Brasil, entre R$ 105 e R$ 109 o botijão, sendo que ele é vendido em algumas localidades a R$ 160 ou R$ 170. Há uma disparidade muito grande de preço, a depender da distância; da localização da cidade; da região”, argumentou.
“O que o governo vai fazer, portanto, é entregar o botijão às pessoas. Com isso, além dos efeitos econômicos de possibilitar que a pessoa tenha dignidade para cozinhar seus alimentos, vamos reduzir muito o índice de queimaduras de crianças e mulheres em acidentes domésticos que, na busca por alternativas ao botijão de gás, usam líquidos como álcool para cozinhar”, complementou.
No Ar: Pampa Na Madrugada