Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Flávio Pereira Novo presidente do TRE, desembargador José Francisco Moesch prevê processo eleitoral seguro e tranquilo

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Até as 21 horas do dia 2 de outubro, dia da eleição do primeiro turno, o Tribunal Regional Eleitoral espera que os resultados sejam conhecidos no Rio Grande do Sul, com pelo menos 90% dos votos estaduais apurados, afirmou ontem o novo presidente da Corte, desembargador José Francisco Moesch. Ele disse que dará continuidade à gestão do seu antecessor, o desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, a quem dirigiu muitos elogios pela forma como está recebendo a administração do Tribunal, e garantiu que adotará como referência “democracia, transparência e lisura” no comando do processo eleitoral deste ano. Na entrevista que concedeu ontem em seu gabinete antes de tomar posse, à qual o colunista esteve presente, o desembargador Moesch, experiente, soube escapar de algumas armadilhas de coleguinhas que tentaram arrancar dele alguma declaração hostil ao presidente Jair Bolsonaro. Especificamente sobre a intenção do PL – partido do presidente da República – de auditar as urnas, reagiu com tranquilidade, admitindo que os partidos têm esse direito, de participar da fiscalização, embora ele não veja esta necessidade, por confiar na segurança de todo o processo eleitoral. Ele tomou posse na presidência do TRE para o período 2022/2023 e disse que tem muita confiança “no competentíssimo quadro dos servidores que temos do tribunal, e nos juízes e servidores das 165 comarcas eleitorais do estado”. Ao seu lado, estará a vice-presidente e corregedora, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak.

Terceira via: festival de traições

A tal Terceira Via transformou-se num baile de cobras que já engoliu Sérgio Moro, João Dória e prepara-se para rifar Simone Tebet e até Ciro Gomes, caso ele venha a vacilar. Logo após a renúncia de João Dória à pré-candidatura presidencial, que conquistara ao vencer as prévias internas do partido, surgiu um movimento para alçar o ex-governador gaúcho Eduardo Leite, derrotado nas mesmas prévias, para ocupar o lugar do governador paulista, que renunciou ao cargo por acreditar que seria o candidato do PSDB. O movimento em favor de Eduardo Leite surge após a candidatura de Simone Tebet, pré-candidata do MDB apontada como o nome para a terceira via ao Planalto, tal como Doria, também enfrentar resistência de parte do PSDB.

Ciro Gomes na Terceira Via

No vale-tudo em que se transformou o debate sobre a chamada terceira via, o presidente nacional do PSDB, deputado Bruno Araújo, que liderou o movimento de traição ao ex-governador João Dória, vencedor das prévias tucanas, quer realizar uma uma reunião com o deputado Luciano Bivar, presidente do bilionário União Brasil e pré-candidato ao Planalto, e o ex-governador Ciro Gomes, pré-candidato presidencial do PDT. O objetivo é convencer os dois a um recuo para encaixar Eduardo Leite como o nome da terceira via. Na verdade, o processo pretende engolir também Ciro Gomes e tirá-lo do páreo.

Você compraria um carro usado de Eduardo Leite?

Ao candidatar-se ao governo do Estado em 2018, o ex-governador gaúcho anunciou ser contra a reeleição, fator que facilitou a formação de uma sólida base de apoio do Legislativo para aprovar o programa de reformas. Agora, caso não vingue a candidatura presidencial, Eduardo Leite acena com a disputa ao governo gaúcho como prêmio consolação, criando um constrangimento para seu vice, o agora governador Ranolfo Vieira que acreditou até aqui, ser o nome dos tucanos para a disputa ao Piratini. Assim como prometeu não privatizar a Corsan, que está pronta para ver batido o martelo da sua venda, Eduardo Leite tem colecionado incoerências. Se realmente retornar ao estado como candidato a governador, vai perder a confiança do MDB do PP e dos demais aliados regionais, e inspirar a releitura de uma pergunta famosa, adaptada ao seu caso:

“Você compraria um carro usado de Eduardo Leite?”

John Kennedy x Richard Nixon, em 1960

A pergunta é uma variante da versão original – “de qual candidato você não compraria um carro usado?” – que nasceu de uma propaganda criada durante a disputa presidencial americana, entre John Kennedy x Richard Nixon, em 1960. A intenção da pergunta era desmoralizar o republicano Nixon, tido como trapaceiro. A imagem pegou e passou a ser usada como medida de aceitação de candidatos.

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