Terça-feira, 14 de Maio de 2024

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10% é a alíquota inicial do imposto, já em vigor. (Foto: Reprodução)

O Brasil tem 51 modelos de carros eletrificados à venda e os preços devem subir neste começo de ano, com a volta do Imposto de Importação para elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Portanto, o ano será de muitos desafios para o segmento. A tributação final será de 35% para as três categorias, porém, será implementada de forma gradual, a partir deste mês, até 2026.

Apesar de retomar o imposto, o governo atribuiu uma cota para que as fabricantes possam trazer carros com isenção. A expectativa era que a distribuição das cotas fosse divulgada em dezembro, mas ainda não foi anunciada.

De acordo com o governo, a intenção é “desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país”. A volta do imposto acontece oito anos após o governo zerar a alíquota.

Nenhuma fabricante instalada no País produz veículos elétricos atualmente, mas isso já tem data para mudar. A chinesa BYD comprou a fábrica que pertenceu à Ford entre 2001 e 2021 em Camaçari (Bahia) e confirmou que vai fabricar dois elétricos, o Dolphin e Yuan Plus, e um híbrido, o Song Plus. O investimento inicial é de R$ 3 bilhões e o começo da produção está previsto para o segundo semestre. A partir de 2025 o objetivo é fabricar 150 mil unidades por ano. É provável que o Dolphin tenha um volume de produção maior do que o dos outros.

Entre os híbridos nacionais há somente o Toyota Corolla, Corolla Cross, Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 Pro – os dois últimos têm um sistema híbrido leve, de menor complexidade e eficiência energética. A GWM, que comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (São Paulo), pretende nacionalizar o SUV híbrido Haval H6, mas ainda sem data prevista.

Os três carros elétricos mais baratos do Brasil são: Caoa Chery iCar (R$ 119.990), o Renault Kwid E-Tech (R$ 123.490) e o chinês Jac E-JS1 (R$ 126.900). O Dolphin é um pouco mais caro do que o trio e parte de R$ 149.800. Se a alíquota inicial de 10% foi integralmente repassada, os preços iriam para: Caoa Chery iCar (R$ 131.989), Kwid E-Tech (R$ 135.839), Jac E-JS1 (R$ 138.600) e Dolphin (164.780). Porém, é pouco provável que isso aconteça e o repasse deve ser menor inicialmente. Portanto, fica aqui o alerta: se ainda não comprou, não demore.

O desafio das fabricantes é justamente adotar uma estratégia para não elevar muito os valores repentinamente, para que um mercado que decolou em 2023 não sofra retrocesso em 2024. O que deve acontecer para minimizar o impacto é repasse gradual, como é o caso da Volvo. Privilegiando o volume de vendas, a marca, neste primeiro momento, vai adotar táticas diferentes para seus carros elétricos. O EX30, que chega em meados do ano, terá um repasse menor de imposto que o de XC40 e o C40. A fabricante estipulou um aumento de 5% para o inédito SUV de entrada, que tem a meta de responder por mais da metade das vendas da Volvo em 2024. Quem comprou o modelo na pré-venda, inclusive, já vai arcar com o reajuste.

O EX30 foi anunciado com preços entre R$ 220 mil e R$ 280 mil. Os novos valores devem ficar entre R$ 230 mil e R$ 295 mil. “Esperamos não perder nenhuma das 2 mil reservas do carro”, diz Marcelo Godoy, presidente da Volvo Brasil. Já nos outros dois modelos o repasse será de 10%.

Além do reajuste, é provável que o volume inicial de carros importados neste início de ano seja menor, para as fabricantes sentirem a reação do mercado. Com a soma de tudo isso, pelo menos no 1º trimestre devemos ter queda nos emplacamentos até o mercado se adaptar.

Para 2024 vários carros elétricos já estão confirmados para o Brasil, como o BYD Seagull, que vai se chamar Mini Dolphin e será o mais barato do segmento.

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