Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

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O Brasil tem hoje mais de 67 milhões de pessoas inadimplentes, conforme dados divulgados pela Serasa em agosto. O valor dessas dívidas é superior a R$ 289 bilhões – dos quais, 28% estão relacionados a pendências com bancos e cartões de crédito. A maior parte (72%) tem a ver com contas atrasadas de serviços em geral, como luz e telefone e carnês de loja.

Coordenador do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo, o economista Guilherme Mello, que atua na elaboração da proposta de campanha de Lula, diz que o programa “Desenrola” mira justamente a quitação de dívidas em geral. A proposta prevê, numa primeira etapa, ações voltadas para famílias que ganham até três salários mínimos – renda hoje de até R$ 3.636 –, mas depois ampliar o acesso para famílias com rendas mais elevadas.

“Estamos falando dessas dívidas não bancárias, que são a maioria, cerca de 73% do volume total. O plano é criar birôs de crédito no País, que serão espaços de centralização de informações, porque essas dívidas são muito dispersas, hoje você não tem esses dados centralizados. Esses birôs seriam organizados em parceria com os bancos e, também, com o SPC (Serviço de Proteção de Crédito), Serasa, Banco Central, para fazer a negociação dessas dívidas”, diz Mello.

A ideia, completa ele, é se concentrar inicialmente em clientes que foram “negativados”, cujos débitos já são tratados como “perdidos” pelas empresas. “O plano é que se ofereça grandes descontos nessas negociações, até porque grande parte dessas dívidas é de juros e multas. Hoje, isso acontece em algumas situações; mas, muitas vezes, as empresas querem receber o valor todo de uma vez, e as famílias não têm condições de pagar.”

Não há menção ao endividamento familiar nas 48 páginas do documento entregue pela campanha de Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A reportagem enviou questionamentos aos ministros Paulo Guedes (Economia), Fabio Faria (Comunicações), Ciro Nogueira (Casa Civil), além do próprio comando da campanha.

Gaúchos

Levantamento realizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) aponta que o índice de pessoas físicas com algum tipo de limitação em crédito, cheque ou protesto cresceu 29,5% no Rio Grande do Sul em setembro de 2022. Em Porto Alegre, a proporção de consumidores nessa situação foi de 31,8%. Ambos os resultados são os maiores desde fevereiro e superaram mais uma vez a média nacional (29,1%).

Em relação às demais unidades federativas do País, o Estado ocupa a 15ª posição nesse quesito. Estimativas da entidade indicam que a população adulta (18 anos em diante) “negativada” alcança 2,64 milhões entre os gaúchos e 370,8 mil na Capital. Em relação ao mês anterior, 17,9 mil gaúchos passaram a integrar o grupo – 2,3 mil são porto-alegrenses

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