Terça-feira, 07 de Outubro de 2025

Home Política O governo vai zerar a alíquota de importação de produtos como carne, café, azeite, milho e açúcar; a alta dos alimentos é apontada como um dos motivos da queda de aprovação de Lula

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O governo federal anunciou na quinta-feira (6) que vai zerar o imposto de importação de nove produtos alimentícios considerados essenciais. A medida tem o objetivo de reduzir os preços dos alimentos ao consumidor.

Os alimentos que terão os tributos zerados são:

– Azeite (hoje 9%)
– Milho (hoje 7,2%)
– Óleo de girassol (hoje até 9%)
– Sardinha (hoje 32%)
– Biscoitos (hoje 16,2%)
– Massas alimentícias (macarrão) (hoje 14,4%)
– Café (hoje 9%)
– Carnes (hoje até 10,8%)
– Açúcar (hoje até 14%)

Além deles, a cota de importação do óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subirá para 150 mil toneladas. A redução de tarifas entrará em vigor nos próximos dias, após serem aprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Outra medida é a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra, o programa que oferece financiamentos com juros subsidiados pelo governo para a produção agrícola. O objetivo é aumentar o estímulo a produtores rurais que produzam para o mercado interno.

Essa priorização também atinge os óleos de canola e de girassol, que são culturas de inverno. O governo ainda anunciou a formação de estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), após a queda dos preços. No mês passado, a Conab havia pedido R$ 737 milhões para reconstituir os estoques de alimentos desmantelados nos últimos anos.

Por fim, haverá a extensão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). Esse sistema descentraliza as inspeções sanitárias, permitindo que estados e municípios façam o trabalho, mas poucas cidades aderiram ao Sisbi.

O SIM limita a venda dos produtos aos municípios, enquanto o Sisbi permite que agricultores familiares consigam vender sua produção para o todo o Brasil. O objetivo do governo é possibilitar, pelo período de um ano, a comercialização em todo o território nacional dos produtos que já foram devidamente certificados no âmbito municipal.

A medida alcança itens como leite fluido, mel, ovos e outros produtos. O governo pretende aumentar o número de registro no sistema de 1.550 para 3 mil municípios.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não descarta uma medida mais drástica para controlar o preço dos alimentos que, segundo ele, é motivo de preocupação.

Lula se referia a medidas já anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin nessa quinta (6), como zerar a tarifa de importação de alguns produtos, entre eles, a carne e o café.

“Eu agora estou preocupado com o preço dos alimentos. Estou muito preocupado”, mencionou Lula. “Estamos fazendo muito. Ontem [quinta] foi feito uma reunião no Palácio com muitos ministros, muitos empresários, já tomamos algumas medidas”, completou.

Lula reforçou que quer encontrar uma explicação para o preço do ovo que para o presidente está “saindo do controle”.

“Eu quero encontrar uma explicação para o preço do ovo. Galinha não está cobrando caro. Eu ainda não encontrei uma galinha pedindo aumento do ovo. A coitadinha sofre, ainda canta quando põe o ovo, mas o ovo está saindo do controle. Uns dizem que é o calor, outros dizem que é a exportação. Eu estou atrás. Eu gosto de ovo, eu pelo menos como dois ovos por dia”, disse.

O presidente ainda falou que quer buscar uma solução pacífica para o problema dos alimentos e que não quer “brigar com ninguém” — se referindo aos produtores.

“Eu quero que vocês saibam que preço do café está muito caro para o consumidor, o preço do ovo está muito caro, o peço do milho está caro e nós estamos tentando encontrar uma solução. A gente não quer brigar com ninguém, a gente quer encontrar uma solução pacífica, sem nada. Mas, se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar atitude mais drástica porque o que interessa é levar a comida barata para a mesa do povo brasileiro”, afirmou.

Segundo Lula, os produtores também têm que “ganhar dinheiro” e não “podem ter prejuízo”.

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