Sábado, 08 de Novembro de 2025

Home Política O partido União Brasil anunciou a saída do governo Lula em setembro, mas indicados pela sigla continuam ocupando cargos em todos os escalões

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O União Brasil anunciou a saída do governo Lula em setembro, mas indicados pelo partido continuam ocupando cargos em todos os escalões. Agora, o novo alvo da cobiça é o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que só no ano passado teve receita líquida de R$ 4,1 bilhões.

A disputa de uma ala do União Brasil no Senado com o PT tem movimentado os bastidores da política. O embate ocorre no momento em que a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, demite aliados de parlamentares que votaram contra o governo no Congresso.

Na contramão desse movimento, o diretor de Operações do Serpro, Wilton Mota – apadrinhado pela senadora Professora Dorinha (União Brasil-TO) –, está a um passo de desalojar Alexandre Amorim da presidência da empresa. Amorim foi indicado pelo PT de São Paulo e pode perder o posto para o Centrão.

Empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, o Serpro é responsável pela gestão tecnológica do governo. Agora, por exemplo, cuidará da implantação do novo sistema tributário, que terá um período de testes a partir de janeiro de 2026.

No mês passado, a cúpula do União Brasil chegou a abrir processo de expulsão no Conselho de Ética da legenda contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. A decisão foi tomada porque Sabino – escolhido pela bancada da Câmara para representar o partido na Esplanada – se recusou a entregar o cargo, sob o argumento de que tem compromissos a cumprir.

“Quitanda”

“Quando você fala do primeiro escalão, de um ministério, você não está falando da administração de uma quitanda da esquina. Nada contra as quitandas da esquina, mas a gente tem projetos que estão em andamento”, disse o ministro, em entrevista ao Estadão. O orçamento deste ano do Ministério do Turismo é de R$ 3,5 bilhões, menor que o do Serpro.

Na outra ponta, os apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) – a exemplo dos ministros Waldez Góes (Integração) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) –, continuam no governo. Visto como pilar de sustentação do Palácio do Planalto no Congresso, Alcolumbre também manteve indicados na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e nos Correios, entre outras empresas.

Até agora, perto de cem pessoas foram demitidas pelo governo – a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – em bancos públicos, estatais e superintendências federais.

A maioria dos atingidos pelo pente-fino era ligada a deputados do Centrão (União Brasil, PP e PSD), e também do MDB, que derrubaram a Medida Provisória 1303. Considerada fundamental pela equipe econômica para fechar as contas, a MP propunha alternativas a um aumento maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na prática, a atitude tomada pelo governo em retaliação aos infiéis tem servido para negociar apoio a Lula na campanha por um novo mandato.

Nessa perspectiva, o Planalto já cogita até mesmo “devolver” os cargos a políticos que prometerem fidelidade ao presidente e acenarem para uma aliança com o PT, ainda que regional, nas eleições do ano que vem. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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