Terça-feira, 16 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de dezembro de 2025
Questionado sobre uma citação a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um depoimento sobre o esquema de desvios de aposentadorias no INSS, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse nessa segunda-feira (15) que não poderia falar de investigações sobre as quais não tem detalhes.
“Não basta uma pessoa ser citada para ser considerada investigada ou não investigada. Desconheço esse detalhe desse processo, creio que é um processo que está ainda sob sigilo. E que, infelizmente, surgiu essa possibilidade e que eu não posso comentar pelo sigilo da investigação”, afirmou o chefe da PF.
Em café com jornalistas, Rodrigues acrescentou que “não vale essa exploração midiática da citação para que já haja uma pré-condenação”. A citação a Lulinha partiu do empresário Edson Claro, ligado ao Careca do INSS, em depoimento à PF compartilhada com integrantes da CPMI no Congresso que investiga a fraude, e foi revelada pelo portal Poder360.
“Isso eu já falei em relação a pessoas citadas em apurações nossas do campo político da oposição ao governo do campo político do governo e assim que nós vamos seguir: com responsabilidade, apurando tudo que for necessário”, declarou o diretor-geral da PF.
Supremo
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a apuração de possíveis irregularidades envolvendo o INSS e o empresário Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
A iniciativa ocorre após reportagens apontarem indícios de ligação entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, empresário conhecido como “Careca do INSS”, investigado por suspeita de fraudes contra aposentados e pensionistas.
Na representação, Flávio Bolsonaro solicita que o TCU investigue eventual favorecimento indevido, conflito de interesses e possível uso da estrutura administrativa do INSS para benefício privado.
O senador também pede que a Corte de Contas avalie se houve falhas de supervisão, omissões de gestores públicos ou interferência política nas decisões da autarquia previdenciária.
O documento cita reportagens jornalísticas e informações oriundas de investigações policiais que, segundo Flávio, indicariam comunicações frequentes entre Lulinha e o empresário investigado, sem justificativa institucional.
Segundo o texto, haveria ainda relatos de repasses financeiros de origem não esclarecida, o que, na avaliação do senador, justificaria uma apuração técnica do órgão de controle externo.
A representação destaca que, embora Lulinha não ocupe cargo público, sua relação direta com o presidente da República impõe, segundo o parlamentar, um dever reforçado de fiscalização por parte dos órgãos de controle, para afastar qualquer suspeita de influência indevida sobre a administração pública. (Com informações da revista Veja e da CNN Brasil)