Sábado, 02 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2025
A barriguinha saliente do seu cachorro pode parecer charmosa, mas, segundo a ciência, ela pode esconder um problema sério, (e crescente). Um novo estudo conduzido pelo Dog Aging Project, em parceria com a Texas A&M University e a University of Washington, acendeu o alerta sobre a epidemia silenciosa da obesidade canina, que já afeta milhares de lares, inclusive na América Latina.
Ao analisar dados de mais de 13.800 famílias, os pesquisadores descobriram que 18% dos cães avaliados foram considerados acima do peso por seus tutores. O número, no entanto, sobe quando o diagnóstico vem de profissionais: há concordância entre tutores e veterinários em apenas 76% dos casos, o que indica que muitos donos subestimam o sobrepeso de seus pets, confundindo “forte” com “fora do peso”.
Segundo o estudo, publicado no American Journal of Veterinary Research, a obesidade canina não tem uma única causa, mas um conjunto de fatores. Raças como retrievers e setters, por exemplo, mostraram-se 10% mais motivadas a comer do que os cães sem raça definida. O ambiente também influencia: cães que convivem com outros animais têm maior apetite, o que pode ser agravado pela competição por comida e pela prática comum de deixar ração disponível o dia todo.
Além da alimentação em excesso, a falta de controle dos tutores sobre exercícios e petiscos contribui para o problema. A veterinária Alejandra Lorenzo Smirnoff, da Universidade de Buenos Aires, classificou o avanço da obesidade como uma “pandemia silenciosa” entre os pets latino-americanos. “Muitas vezes, as pessoas não consultam um veterinário e acabam oferecendo mais calorias do que o necessário diariamente”, alertou, em entrevista ao portal Infobae.
Os cientistas utilizaram uma escala de 1 a 9 para avaliar a condição física dos animais. O número 5 representa o peso ideal. A cada ponto acima disso, cresce o risco de o cão desenvolver diabetes, artrite e redução da expectativa de vida.
Entre as recomendações do estudo, estão ações simples, mas eficazes: avaliar regularmente a condição corporal do animal com ajuda veterinária, controlar o acesso à comida, praticar atividades físicas frequentes e, acima de tudo, ajustar as porções alimentares às reais necessidades do cão, levando em conta idade, porte e estilo de vida. (Com informações do jornal O Globo)
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