Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de julho de 2022
A onda de demissões nas startups pegou alguns de surpresas. Mas nem todos. O fato é que todas as empresas que têm uma expectativa futura de crescimento muito grande estão revendo suas projeções.
Startups são companhias pequenas que recebem grandes quantias de investimento para inovarem o mercado e se tornarem gigantes em seus setores de atuação em um razoável espaço de tempo.
O momento atual é de cautela. O custo do capital mudou em virtude de aumentos de juros para tentar conter a inflação no mundo inteiro. Os investidores que antes direcionavam aportes milionários às startups tiveram que pisar no freio. Porém, a expectativa é que esse cenário possa se reverter, porém, as startups terão que melhorar as perspectivas perante os acionistas e mostrar melhores resultados nos próximos trimestres.
“As startups estão passando por um momento de ajuste. O mercado de tecnologia continua sendo extremamente necessário e promissor, mas a paralisia econômica global impactou grandemente essas empresas. Os profissionais de TI conseguirão se realocar em outras companhias”, afirma Arthur Igreja, TEDx speaker e professor da FGV com Masters em International Business pela Georgetown University (EUA) e Masters of Business Administration pela ESADE (Espanha).
Investidoras-anjos negras
Será lançada neste mês a primeira plataforma de investimento-anjo liderada por mulheres negras, a Black Women Investment Network (BLACKWIN). Ela atuará como um clube de investimentos, com o objetivo de estimular as mulheres negras a investirem para viabilizar o seu protagonismo no fomento da equidade racial como investidoras-anjo.
A proposta da iniciativa é, de um lado, promover uma oportunidade de geração de riqueza pessoal e, do outro, uma fonte alternativa de capital inteligente para as empresas lideradas por pessoas negras que trazem oportunidades de negócios inovadores e de impacto para o mercado.
Já existem outros grupos com esse propósito em países como Senegal, Reino Unido e Estados Unidos. A estimativa do clube é que sejam investidos R$ 100 mil por rodada.
A plataforma nasceu de um sonho da economista e empresária Luana Ozemela, que é fundadora e CEO da DIMA Consult, empresa especializada em desenvolvimento econômico baseada no Brasil e no Catar e que atuou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington (Estados Unidos). Quando esteve na capital norte-americana Ozemela criou o primeiro programa de apoio a empreendedores negros.
Atualmente, ela também integra o conselho de diversas instituições, incluindo o Laboratório de Inovação Financeira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Sobre a nova iniciativa, a empresária afirma: “Almejamos um futuro no qual as pessoas negras sejam prósperas, protagonistas de suas vidas e contribuam para uma transformação coletiva. Queremos alcançar a equidade de gênero e raça no ecossistema de investimentos e caminhos mais eficazes para gerar prosperidade para todos”.