Terça-feira, 21 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de outubro de 2025
O ônibus de turismo que se desgovernou e pegou fogo após atingir carros estacionados no Centro Histórico de Porto Alegre transportava peso muito superior ao limite permitido para a região, segundo a Polícia Civil.
De acordo com a corporação, o veículo pesava cerca de 25 toneladas — somando o peso da estrutura e dos 57 ocupantes —, mais que o dobro do limite de 12 toneladas permitido para aquele trecho da cidade.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve encaminhar até o fim da semana o laudo técnico que vai encerrar a investigação. O documento vai apontar as causas do acidente e eventuais falhas mecânicas.
Mesmo que o laudo identifique erro humano, o motorista não deve ser indiciado criminalmente. A Polícia Civil explica que o caso é tratado como termo circunstanciado por lesão corporal culposa, ou seja, sem intenção de causar dano. O condutor estava habilitado e não apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente.
O acidente
O ônibus transportava 55 adolescentes e duas monitoras em excursão escolar que havia partido de Vacaria, na Serra, com destino ao Palácio Piratini.
Antes da colisão, o motorista teria parado o veículo na rua Espírito Santo após encostar em fios elétricos. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o coletivo começa a descer a rua sozinho, enquanto o condutor estava do lado de fora.
O veículo atingiu dez carros e o incêndio que se formou se espalhou rapidamente, alcançando a fachada e alguns apartamentos de um prédio residencial. Um passageiro registrou o momento em vídeo. As imagens mostram os estudantes deixando o ônibus às pressas; com o espaço reduzido, alguns precisaram pular sobre carros para escapar das chamas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve feridos graves. A Secretaria Municipal de Saúde informou que ao menos 12 pessoas receberam atendimento médico.
A empresa responsável afirmou, em nota, que “adotou todas as medidas necessárias para garantir segurança, acolhimento e apoio aos passageiros”. Os estudantes retornaram a Vacaria na madrugada do dia 4.
Os moradores do edifício atingido não puderam permanecer no local durante a noite do incêndio. Após vistoria técnica na manhã seguinte, o prédio foi liberado para o retorno dos residentes.