Quinta-feira, 09 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de outubro de 2025
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) cumpriu, nessa quarta-feira (8), uma série de mandados de busca e apreensão em endereços ligados às prefeituras dos municípios gaúchos de Mato Leitão, Pantano Grande e Ibirapuitã, no âmbito de uma operação contra fraudes em licitações. A operação também percorreu empresas e residências de investigados em Porto Alegre, Estrela, Capela de Santana e Santa Clara do Sul.
Na mira da Procuradoria de Função Penal Originária (PFPO) do MPRS, agentes públicos e particulares envolvidos em tratativas suspeitas tiveram documentos e equipamentos eletrônicos recolhidos. O site do Ministério Público não forneceu mais detalhes sobre os crimes apurados ou seus supostos envolvidos.
Equipes de Batalhões de Choque da Brigada Militar (BM) prestaram apoio à ofensiva. A investigação das irregularidades é conduzida pela promotora Letícia Pacheco, sob a coordenação do colega Fábio Costa Pereira.
Participaram, ainda, os integranmtes da da PFPO Karina Bussmann, Mariana de Azambuja Pires, Heitor Stolf Junior e André de Azevedo Coelho, além de João Beltrame, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRS.
Lavagem de dinheiro e agiotagem e rifas ilegais
Também nessa quarta-feira, o Gaeco-MPRS deflagrou em Pelotas, Charqueadas e Porto Alegre a segunda fase da operação “El Patron”, com o cumprimento de seis ordens judiciais de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. O foco foi o núcleo financeiro de uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, agiotagem e rifas ilegais, utilizando inclusive um aplicativo especial para gerenciar os lucros ilícitos.
O esquema teria movimentou quase R$ 50 milhões entre maio de 2022 e agosto do ano passado, por meio de “laranjas”. A nova fase da ofensiva tem como foco 13 indivíduo, que têm agora apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e veículos de valor incompatível com as rendas declaradas pelos envolvidos.
Desde a primeira etapa, a investigação tem na origem a análise de celulares apreendidos na operação “Caixa Forte II”, destinada a desarticular atividades de tráfico de drogas por facções. Os dados então revelaram um sofisticado esquema de lavagem de capitais, com reemprego dos lucros do tráfico em empréstimos ilegais, rifas e apostas.
“O grupo utilizava até um aplicativo mexicano para controlar as operações financeiras, simulando empresas de crédito formalizadas, mas com juros abusivos que chegavam a 280%, sempre com métodos de cobrança típicos do crime organizado”, detalha o sitre mprs.mp.br.
(Marcello Campos)
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