Sexta-feira, 27 de Junho de 2025

Home Política Os partidos Solidariedade e PRD se juntaram para formar uma federação partidária

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Os partidos Solidariedade e PRD anunciaram que vão formar uma federação partidária. A aliança, que será formalizada em breve junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), terá 10 deputados federais, um governador (Clécio Luís, do Amapá) e 138 prefeitos eleitos em 2024.

A federação é mais um movimento das siglas para tentar driblar o asfixiamento financeiro. A partir de 2026, haverá um endurecimento dos critérios para recebimento de dinheiro público.

Ao longo dos quatro anos de aliança, a federação deverá ser comandada por Ovasco Resende, atual secretário-executivo do PRD. O deputado federal Paulinho da Força, que comanda nacionalmente o Solidariedade, deverá ocupar a vice-presidência da união.

As federações partidárias unem duas ou mais siglas por, no mínimo, quatro anos. Pelas regras, as legendas passam a atuar como uma só — o que significa que, nos cálculos de distribuição de recursos, os desempenhos são somados.

O “casamento” obriga que a federação decida candidaturas de forma conjunta. Não é possível, por exemplo, que cada partido da aliança decida por apoiar e lançar um candidato próprio aos cargos do Executivo.

Segundo dirigentes, a aliança deve ter a documentação formalizada ao longo desta semana. Nos próximos dias, a papelada deve ser encaminhada ao TSE, a quem cabe oficializar a união.

Sobrevivência financeira

Ao longo dos últimos anos, Solidariedade e PRD fizeram movimentos semelhantes para superar a cláusula de desempenho.

Apesar de negociarem federações com outras siglas no período, os partidos optaram, no entanto, por alianças definitivas.

Em 2023, o PRD nasceu da fusão entre Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Patriota. No mesmo ano, o Solidariedade incorporou o Pros.

As movimentações garantiram às legendas acesso aos recursos públicos mensais para o funcionamento das siglas (fundo partidário) e ao tempo de propaganda em TV e rádio.

Mas, dentro das legendas, a avaliação é de que esses movimentos não serão suficientes para driblar a cláusula de desempenho em 2026.

Para dirigentes, a federação é uma saída viável para somar votos e eleitos e garantir a sobrevivência das siglas.

Por ora, os partidos devem focar na consolidação da federação. Mas há quem defenda uma ampliação do grupo. Entre outras siglas, o Solidariedade vinha sendo cortejado pelo PSDB.

Para Paulinho da Força, a nova federação deve continuar “conversando” com outras legendas. Segundo ele, após a formalização da aliança, a direção do grupo deve discutir se retomam negociações com outras siglas.

Felipe Espírito Santo, um dos vice-presidentes do Solidariedade, diz que inicialmente os partidos vão “focar na federação Solidariedade e PRD”.

Disputa 

Além do desempenho eleitoral no Legislativo, a futura federação também discute a construção de alianças para as eleições presidenciais de 2026.

No último ciclo eleitoral, Solidariedade e PRD caminharam por vias opostas. Solidariedade e o Pros, que foi incorporado em 2023, fizeram campanha para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Do lado do PRD, PTB lançou candidatura própria, e o Patriota decidiu pela neutralidade.

Agora, o plano é buscar e consolidar uma candidatura de centro — rejeitando apoio a uma eventual reeleição de Lula ou a uma candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

A decisão passa pelo descontentamento de alas dessas siglas com o terceiro governo Lula. Dentro das legendas, parlamentares afirmam que o Planalto se distanciou de aliados de 2022, o que inclui dirigentes desses partidos.
Em abril, Paulinho da Força participou do lançamento da pré-candidatura a presidente de Ronaldo Caiado (União).

“Nós estamos trabalhando para construir uma candidatura ao centro. Vamos trabalhar contra extremos, contra candidaturas da direita e também contra candidaturas da esquerda”, diz Paulinho da Força.

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