Sexta-feira, 04 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de setembro de 2022
Dados da mais recente pesquisa Datafolha, divulgados no sábado (24), apontam que as taxas de otimismo dos entrevistados com a futura situação econômica do país e pessoal são as mais altas registradas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Metade (53%) dos eleitores acreditam que nos próximos meses a situação econômica do país irá melhorar (eram 33% em junho), 26% avaliam que a situação ficará igual (eram 29% em junho). Já para 14%, a situação deve piorar (eram 34% em junho).
O percentual de otimistas fica acima da média entre os beneficiários do Auxílio Brasil: 58% avaliam que a economia vai melhorar, 12% que irá piorar e 24% que ficará igual.
Quando perguntados sobre a expectativa futura em relação à situação econômica pessoal, 60% responderam que irá melhorar nos próximos meses (eram 47% em junho); 30% avaliaram que a situação ficará igual (eram 35% em junho); e 7% disseram que a situação irá piorar (eram 15% em junho).
Três em cada dez eleitores (28%) avaliam que a situação econômica do país melhorou nos últimos meses (eram 15% em junho); 21% avaliam que a situação ficou igual (eram 17% em junho). Já para 50%, a situação piorou (eram 67% em junho).
A avaliação de que a economia do país melhorou se igualou ao melhor índice do governo Bolsonaro, registrado em dezembro de 2019 (28%).
Quanto à avaliação da situação econômica pessoal, 27% disseram que melhorou nos últimos meses (eram 20% em junho), 33% avaliam que ficou igual (eram 32% em junho) e 39% avaliam que piorou (eram 47% em junho).
Situação atual
Alguns dados econômicos recentes ajudam a entender o aumento no número de entrevistados que dizem que a economia teve desempenho melhor –mas é preciso ponderar os efeitos desses indicadores.
Agosto, por exemplo, registrou o segundo mês seguido de deflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo), sob efeito do recuo dos preços dos combustíveis. Em 12 meses, a inflação acumulada foi de 8,73% –ante os 10,07% registrados no mês anterior.
Ainda assim, a inflação do Brasil era a 8ª maior de uma lista das 20 principais economias do mundo. O grupo de alimentação e bebidas continuou em alta, de 0,24% em agosto e de 13,43% em 12 meses. E a inflação da cesta básica, que afeta mais impiedosamente os mais pobres, era de 25,9% em 12 meses, de acordo com estudo da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
Do lado do emprego, ainda que a taxa de desocupação tenha recuado para 9,1% no trimestre até julho, o número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões, de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE.
Ao mesmo tempo, segundo o Datafolha, a percepção de piora da economia brasileira chegou a 50% na pesquisa mais recente (eram 54% em agosto). Para 21%, tudo permaneceu igual, e cerca de 1% não soube responder.
Em situação mais frágil no mercado de trabalho, as mulheres sentem mais a piora do país (58%); aqueles com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, mais reféns dos aumentos de preços dos alimentos, também (58%). Para os beneficiários do Auxílio Brasil, a sensação de piora é de 55%.
A pesquisa ouviu 6.754 pessoas, entre 20 e 22 de setembro, em 343 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O código da pesquisa na Justiça Eleitoral é: BR-04180/2022.
No Ar: Pampa Na Madrugada