Sexta-feira, 27 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 27 de junho de 2025
A segunda edição do Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade ocorrerá de 6 a 8 de agosto, no Parque de Exposições Juventino Corrêa de Moura, em Dom Pedrito, na Região da Campanha.
O evento, que chega à sua segunda edição, reunirá especialistas, técnicos, produtores e empresas para discutir temas como pecuária, sustentabilidade, sistemas de integração, irrigação, crédito de carbono, gestão, inovação, clima, turismo e educação para o campo.
A primeira edição da feira ocorreu em junho de 2023 e reuniu mais de 3 mil pessoas em cinco dias de atividades. Essa edição será mais enxuta, com três dias de duração, e mostrará o potencial da agropecuária de Dom Pedrito, que se destaca na produção agrícola, principalmente no cultivo de soja, com a maior área plantada da oleaginosa do Estado.
Em 2023, a cidade cultivou 160 mil hectares de soja, superando outras culturas como o arroz e o milho. Em 2013, eram 67 mil hectares com o grão, o que representa um crescimento de 138,8%.
Além disso, Dom Pedrito se sobressai na pecuária, com um rebanho de 350 mil bovinos e 100 mil ovinos e é um importante polo produtor de genética, com destaque para as raças Angus, Hereford e Braford, além de cavalos Crioulos e ovinos. O sistema de produção de carnes é baseado no pastoreio em campos nativos do Bioma Pampa e pastagens implementadas por meio da integração com a agricultura.
“O Pampa em Evolução abordará vários temas que se relacionam entre si, mostrando a integração da agricultura com a pecuária, irrigação, sustentabilidade e a valorização da carne”, disse um dos coordenadores do evento, Marco Sanchotene.
Uma das palestras mais esperadas do Pampa em Evolução é a do ex-ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai Fernando Mattos, que abordará o tema “O Futuro da pecuária, oportunidades e desafios”.
“O Brasil tem produtores qualificados, clima favorável, qualidade genética e fez avanços tecnológicos na pecuária e na indústria frigorífica”, ressaltou Mattos.
No entanto, o engenheiro agrônomo formado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) alertou que o Brasil corre riscos ao não vacinar contra a febre aftosa. “Não há confirmação, mas existem boatos de focos na Venezuela e na Colômbia, além da Bolívia, que tem garantias sanitárias mais precárias”, declarou.
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