Quinta-feira, 03 de Julho de 2025

Home Brasil Pandemia de covid ainda não acabou: veja quem deve seguir usando máscara

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A pandemia causada pela covid atingiu, no início desta semana, seu patamar mais baixo desde abril de 2020. Na última segunda (9), a média móvel de óbitos da última semana foi de 84. A média de novos casos por semana nesta terça-feira (10) era de 16.053. No total, o Brasil soma 664.443 mortes e mais de 30 milhões de casos confirmados da doença causada pelo coronavírus.

O avanço da vacinação (76,7% da população totalmente imunizada e mais de 41,2% com a dose de reforço), a queda no número de infecções e a volta de uma “certa normalidade” levam muitos a abandonar o uso de máscara.

“Apesar desses dados, ainda mantemos a orientação do uso de máscara no transporte público, unidades de saúde (hospitais, clínicas, etc.) e por pessoas de risco para doença grave”, afirma Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio-Libanês. “Ainda mantemos essa recomendação, pois o vírus continua circulando”.

A médica ressalta a importância da manutenção do uso da máscara de proteção a esses grupos: idosos; imunossuprimidos; pessoas com comorbidades; gestantes; não vacinados.

Vale lembrar que quanto mais pessoas imunizadas, menos o vírus circula e menos chances possui de apresentar uma mutação genética que leve a uma onda de covid.

Paxlovid

O Ministério da Saúde aprovou o uso no SUS do Paxlovid, primeiro remédio para casos leves de covid. Fabricado pela Pfizer, o medicamento, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, é recomendado para pessoas consideradas de risco com casos leves ou moderados da doença.

É um dos primeiros remédios desenvolvidos especificamente para combater a infecção do coronavírus, causador da doença, e reduziu em cerca de 89% as hospitalizações nos estudos clínicos.

Destinado a pessoas que tenham o risco aumentado de progressão para covid grave – como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades – o novo medicamento é uma combinação de dois comprimidos que são embalados e administrados de forma conjunta: o nirmatrelvir e o ritonavir. O primeiro, produzido especialmente para o coronavírus em tempo recorde, atua inibindo a parte do vírus responsável pela sua replicação dentro do organismo humano.

“O nirmatrelvir age bloqueando a protease tipo 3C do Sars-CoV-2, uma enzima usada pelo vírus no seu ciclo de replicação, evitando assim a progressão da infecção da covid no corpo humano”, explica o infectologista José Valdez Madruga, líder de estudos clínicos do CRT-DST/AIDS, em São Paulo, um dos centros de estudos do antiviral no Brasil.

Ele explica que o nirmatrelvir é administrado junto ao ritonavir – um outro medicamento que é usado para inibir o sistema de metabolização de remédios no fígado e fazer com que o novo antiviral permaneça mais tempo no organismo e tenha uma atuação mais forte. O ritonavir já é utilizado no combate a outros vírus, como o HIV, pelo seu efeito potencializador dos tratamentos.

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