Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025

Home Política Para 69% dos entrevistados, Eduardo Bolsonaro atua nos Estados Unidos em defesa de interesses próprios e da sua família, conforme a pesquisa Quaest

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A maioria dos eleitores acredita que a atuação política do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos é motivada pela defesa de interesses próprios do parlamentar e os de sua família. Pensam dessa forma 69% dos brasileiros entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nessa quarta-feira (20). Para 23%, o deputado está defendendo os interesses do Brasil. Outros 8% não responderam.

O instituto perguntou se os eleitores acreditam que a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde vive desde o início do ano, é em defesa do interesse do Brasil, ou do seu próprio e da sua família. A resposta foi positiva para o deputado apenas entre os eleitores que se declaram bolsonaristas ou de direita. Para 65% dos bolsonaristas e para 48% dos de direita, Eduardo age pelos interesses do País.

No espectro oposto do eleitorado, 95% dos declarados de esquerda afirmam que o deputado prioriza a si e a sua família – o percentual é de 92% entre os identificados como lulistas. O percentual é alto também, de 78%, entre aqueles que dizem não ter posicionamento (nem esquerda nem direita).

Eduardo Bolsonaro viajou para os EUA sob a alegação de que sofre perseguição jurídica no Brasil. Com aliados no governo do presidente Donald Trump, Eduardo também buscou nos EUA auxílio para fazer a defesa política do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, e para articular sanções a autoridades  brasileiras.

O governo Trump aplicou punições a autoridades, em especial contra o ministro Alexandre de Mores, do STF, relator da ação da trama golpista. Em outra frente, os EUA também anunciaram o aumento das tarifas a produtos brasileiros. Trump usou o processo contra Bolsonaro e decisões de Moraes contra empresas de tecnologia para justificar as medidas.

O tarifaço motivou reações entre os representantes dos setores econômicos mais afetados e também do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou Trump e a família Bolsonaro de atentar contra a soberania brasileira.

Eduardo negou ter relação com o tarifaço, mas admitiu a atuação pelas punições a Moraes. Em entrevistas, ele e Jair Bolsonaro condicionaram a revisão das sanções à aprovação do projeto de anistia pelo 8 de janeiro e do pedido de impeachment de Moraes.

A Quaest entrevistou 2.004 eleitores entre 13 e 17 de agosto, em 120 municípios do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O mesmo levantamento também ouviu eleitores em oito Estados, o que totaliza 12.150 entrevistas presenciais.

Efeito

De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados, 71%, continua achando que Trump está errado ao impor taxas mais altas ao Brasil por acreditar que Bolsonaro sofre perseguição. Em julho, 72% responderam dessa forma. Acham que o presidente dos EUA está certo 21% (eram 19% no mês passado) e 8% não responderam.

Para 51%, Trump tomou essa decisão para defender seus interesses políticos. Outros 23% responderam que ele agiu para defender interesses comerciais dos EUA e 2% pensam que motivos pessoais explicam o tarifaço. Vinte e dois por cento não responderam.

Ainda assim, aumentou de 31% para 36% o percentual de quem acredita que Trump será capaz de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, proibido de disputar eleições até 2030. Julgam Trump incapaz de mudar essa condição 55% (eram 59% em julho).

Também aumentou de 61% para 67% o percentual de quem respondeu que a resposta do governo brasileiro à taxação deve ser a negociação. Caiu de 31% para 26% quem pensa que o Brasil deve taxar os EUA de volta. Sete por cento dos entrevistados não responderam.

Também aumentou o endosso do eleitorado ao governo Lula e ao PT – para 48% (ante 44% em julho), eles estão fazendo “o que é mais certo”. Outros 28%, um ponto percentual a menos, consideram que Bolsonaro e seus aliados estão corretos. Quinze por cento acham que ninguém está correto e 9% não responderam. (Com informações do Valor Econômico)

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