Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de abril de 2023
Os paraguaios vão às urnas, neste domingo (30), para as eleições gerais que decidirão o próximo presidente, vice, deputados, senadores, além dos governadores e deputados estaduais, para um mandato de cinco anos. O país, que conta com uma população de menos de 7 milhões de pessoas e com economia predominantemente agrícola, terá uma disputa acirrada entre o economista conservador Santiago Peña, de 44 anos, do Partido Colorado, e o veterano de centro-esquerda Efraín Alegre, de 60 anos, que lidera uma ampla coalizão e promete reformular a política externa.
As pesquisas mostram um empate técnico. O Partido Colorado tem dominado a política paraguaia há décadas, mas as persistentes alegações de corrupção levaram a uma divisão em seu apoio. Os eleitores estão focados na difícil situação econômica, com o aumento do déficit fiscal, o crescimento médio anual reduzido e o aumento da pobreza extrema.
A redução de gastos será uma questão-chave para o próximo presidente. O debate sobre o fim das relações diplomáticas de longo prazo com Taiwan em favor da China tem sido destaque nos noticiários e colunas políticas, juntamente com as alegações de corrupção contra os líderes do Partido Colorado.
Alegre, que lidera a terceira campanha presidencial, formou uma ampla aliança de partidos independentes para desafiar o Partido Colorado, mas foi criticado por indicar que encerraria as relações diplomáticas com Taiwan em um esforço para abrir os enormes mercados da China para soja e carne paraguaia..
As pesquisas veem uma disputa acirrada, até mesmo um empate técnico. O governista Partido Colorado tem dominado a política paraguaia nos últimos três quartos de século, mas as persistentes alegações de corrupção levaram ao surgimento de rachaduras em seu apoio.
Concertación Nacional
O partido de oposição perdeu por pouco as eleições de 2018, e neste ano colocou uma campanha mais competitiva na rua, disse Marcos Perez Talia, pesquisador de ciências políticas da Universidade de Valência.
“Agora a Concertacion é um espaço mais amplo para as pessoas se reunirem e há mais chances de virar o voto”, disse ele.
No entanto, o partido Colorado mantém uma poderosa máquina de campanha eleitoral e base de apoio que remonta a gerações. Isso pode influenciar o resultado a seu favor, disse Marcello Lachi, um cientista político baseado no Paraguai.