Domingo, 18 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 18 de maio de 2025
O governo do Paraná deve destruir 10 milhões de ovos de incubação como medida de segurança contra a gripe aviária. Ao todo, são 600 toneladas. O impacto financeiro ainda está sendo calculado.
Os ovos, que foram fornecidos pela granja onde foi identificado um foco da doença, na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, já haviam sido destruídos na sexta-feira (16). A inutilização dos demais começou neste domingo (18), realizada por autoridades locais.
Segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná, a previsão é que a atividade seja finalizada entre segunda-feira (19) e terça-feira (20).
No último sábado (17), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que os destinos rastreados dos ovos para incubação, fornecidos pela granja com foco da gripe aviária, foram Minas Gerais, Paraná e o próprio Rio Grande do Sul.
O governo de Minas Gerais já tinha informado a destruição de cerca de 450 toneladas de ovos.
“Ovos férteis são aqueles usados para fecundação e produção de aves, e não para consumo. O rastreamento de ovos férteis produzidos nessa granja da cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul, está sendo finalizado e, portanto, a necessidade de novos descartes de produtos em Minas Gerais ainda pode ocorrer nos próximos dias”, destacou o Governo de Minas, em nota.
Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que já orientou a adoção das medidas de saneamento definidas no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle, que prevê a destruição desses ovos de maneira a mitigar qualquer risco.
A pasta afirma que “não há comprovação de que tais ovos estejam contaminados com vírus da gripe aviária e que todas as medidas necessárias para proteção da avicultura nacional estão sendo adotadas”.
O ovo incubado está em processo de desenvolvimento do embrião dentro da casca e tem o processo de eclosão controlado sob condições ambientais como temperatura e umidade. O especialista em Ciência Animal pela Universidade Federal de Goiás, Marcus Rezende, explica que os efeitos da gripe aviária para o mercado brasileiro podem se estender por toda a cadeia de produção.
“O problema disso é que a gente está com todas as unidades frigoríficas em alta capacidade. Algumas estão em sua máxima capacidade, com estoques bastante cheios para atender a demanda do mercado externo e também do mercado interno, e agora a gente vai ter que dar um cavalo de pau. O risco é de que diminua bastante o alojamento de pintinho, só que o pintinho já está sendo chocado e o ovo já foi botado pela galinha. É uma cadeia longa, então é todo um processo que vai levar tempo, se a gente não conseguir reverter para alguns mercados”, afirmou. Com informações dos portais CNN Brasil e O Globo.
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