Domingo, 26 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de dezembro de 2022
 
A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) firmou parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) para cooperação em iniciativas relacionadas à geração de oportunidades de emprego para imigrantes e refugiados no Rio Grande do Sul. No foco está um serviço gratuito de intermediação de mão-de-obra, prestado diariamente nas agências do órgão estadual.
Na unidade do Centro Histórico de Porto Alegre, os estrangeiros residentes na cidade já contam semanalmente com atendimento especializado e em diversos idiomas. Trata-se de um projeto-piloto que deve ser estendido em breve a cidades do Interior.
Também estão no radar da parceria outras três ações: feira de empregos, cursos de capacitação a esse segmento de público e compartilhamento de dados com agências no que se refere a documentação e outros aspectos.
Somente neste ano, 3.980 migrantes foram cadastrados nas agências FGTAS-Sine do Rio Grande do Sul. Quase 55% desse total é de homens e, no geral, 48,4% têm nacionalidade venezuelana, ao passo que em 17,2% é haitiana.
Com relação à idade, 28% têm entre 30-39 anos, 25% estão na faixa de 18 a 24 anos, 18,7% se situam no espectro de 25 a 29 anos, 16% possuem de 40 a 49 anos e 9,4% se inserem no segmento entre 50 e 64 anos. Em relação à escolaridade, 50,7% completaram o ensino médio completo, 18,3% o fundamental completo e 5,8% o superior.
Dentre as agências FGTAS/Sine que se destacam no atendimento aos migrantes está a de Tapejara, na Região Nordeste do Estado. Só neste ano a unidade intermediou oportunidades de emprego para 329 migrantes. A maioria dos encaminhamentos foram para alimentador de linha de produção (205), faxineiro (43), motorista de caminhão (19) e ajudante de motorista (16). Por setor, o ranking é liderado pela indústria (65,6%), seguida pelo comércio (21,2%) e serviços (11,8%).
Esforço internacional
Denominado “Oportunidades”, o projeto da ONU tem por finalidade impulsionar a integração econômica de imigrantes de países vizinhos em situação de vulnerabilidade no Brasil. Dentre as ações desenvolvidas estão o acesso ao mercado de trabalho, cursos de português, capacitação profissional e fomento ao empreendedorismo.
A iniciativa é financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) e implementada em parceria com o setores público e privado, agências da ONU e entidades sociais de acolhimento.
Estabelecida em 1951, a Agência da ONU para Migrações (OIM) é o principal organismo intergovernamental nesse segmento, estimulando processos seguros, ordenados e dignos para quem cruza fronteiras nacionais para fugir de condições desfavoráveis de vida. São 174 Estados-membros e oito na condição de observadores, além de um total de 100 escritórios distribuídos pelo planeta.
(Marcello Campos)
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