Terça-feira, 15 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de julho de 2025
A morte de Flávio Pantera, ex-goleiro do Athletico, aos 54 anos, no domingo (13), comoveu o futebol brasileiro e reacendeu debates sobre o reconhecimento de ídolos históricos. Diagnosticado com câncer de próstata em 2023, Pantera travava uma batalha contra a doença, que teve momentos de melhora, mas voltou de forma agressiva recentemente. O ex-atleta faleceu após meses de tratamento, perdas significativas de peso e internações prolongadas.
Sua trajetória no Athletico é marcada por conquistas incontestáveis. Chegou ao clube em 1995, foi campeão da Série B e tornou-se peça fundamental na inédita conquista do Campeonato Brasileiro em 2001, título que permanece como o único do clube na principal divisão nacional. Com 303 jogos disputados, Flávio é o nono jogador com mais partidas pelo Rubro-Negro e o maior campeão da história atleticana, com oito títulos.
A repercussão de sua morte gerou comoção e também cobranças públicas. O pentacampeão mundial Kléberson, companheiro de Pantera na campanha vitoriosa de 2001, usou as redes sociais para exigir da diretoria atleticana uma homenagem à altura do legado deixado pelo goleiro.
“Infelizmente, nossos guerreiros que defenderam a camisa rubro-negra com amor e paixão somos lembrados somente quando passamos para a outra vida”, lamentou Kléberson, ao reforçar a necessidade de valorização de ídolos ainda em vida.
Em sua conta pessoal, o ex-jogador da Seleção Brasileira destacou o orgulho de ter convivido com Pantera e revelou que o visitou em Maceió no ano passado, quando o América-MG esteve na cidade para um confronto da Série B. “Foi uma honra ter trabalhado com um cara tão especial e um privilégio ter ido até sua casa em Maceió, para te dar um abraço”, escreveu em despedida.
Além do ex-companheiro de meio de campo, o também campeão brasileiro Cocito, que teve passagem pelo Grêmio em 2004, relembrou os últimos momentos do amigo e relatou que as primeiras complicações foram confundidas com depressão, causada por dificuldades financeiras.
A confirmação do câncer veio posteriormente, e mesmo após cirurgia bem-sucedida, a doença avançou com rapidez. “Ele estava com muita dor nas costas, não conseguia andar”, relatou.
O Athletico, até agora, manifestou o pesar com duas publicações nas redes sociais: uma informando o falecimento e outra com registros de defesas memoráveis de Pantera com a camisa rubro-negra. O clube volta a jogar na Arena da Baixada na terça-feira (22), contra a Ferroviária-SP, pela Série B, e a expectativa é que novas homenagens sejam prestadas ao ídolo eternizado na memória do torcedor.
Flávio Pantera deixa uma marca profunda no Athletico e no futebol nacional — um legado de vitórias, superação e identificação que, como destacou o próprio clube, “jamais será apagado”.
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